Segundo o general,
o presidente eleito deixou claro que, caso os reféns israelenses não fossem
libertados antes de sua posse, "o inferno seria solto"
Um acordo de
cessar-fogo entre Israel e Hamas, rejeitado em maio de 2024, foi finalmente
firmado após uma ameaça direta do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald
Trump. A informação foi divulgada pelo general da reserva das Forças de Defesa
de Israel, Amir Avivi, em entrevista à Fox News.
Avivi afirmou que
“duas coisas” mudaram no cenário regional, possibilitando o acordo após 15
meses de conflito no Oriente Médio. “Israel derrotou o Hezbollah, que não pode
mais apoiar o Hamas. Além disso, a Síria está enfraquecida, e o Irã, menos
influente. Mas o grande divisor de águas foi a ameaça de Trump”, explicou.
Segundo o general,
o presidente eleito deixou claro que, caso os reféns israelenses não fossem
libertados antes de sua posse, “o inferno seria solto”. A ameaça levou o Hamas
a reconsiderar sua posição, concluindo que obteria o máximo possível agora, em
vez de arriscar confrontar as represálias prometidas por Trump.
Durante a
negociação, o conselheiro de segurança nacional de Joe Biden, John Kirby,
reconheceu a importância de Steve Witkoff, enviado especial de Trump para o
Oriente Médio, como figura-chave no acordo. No entanto, o presidente Biden
demonstrou irritação ao ser questionado se Trump deveria receber crédito pelo
desfecho. “Isso é uma piada?”, respondeu.
O acordo, que deve
entrar em vigor em 19 de janeiro, um dia antes da posse de Trump, reflete a
pressão crescente sobre o Hamas. Avivi alertou que ainda é incerto se o grupo
cumprirá os termos estabelecidos. “Isso é apenas o começo; teremos que esperar
e ver”, concluiu.
(Fonte: O
Antagonista)
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