Aliança de grupos
radicais tomam Daraa no sul da Síria, berço da Primavera Árabe, e estão a uma
hora da capital
Uma aliança de rebeldes
tomou controle nesta sexta-feira, 6, da cidade de Daraa, no sul da Síria, berço
da Primavera Árabe em 2011, no momento em que o regime de Bashar al-Assad
protege a capital Damasco.
Nas redes sociais, há
registros de vídeos mostrando a debandada do Exército da Síria
O Comando de Operações do
Sul, uma constituição formada por grupos locais, apontou a chegada a Damasco
como o principal objetivo.
A distância entre Daara e
a capital é de 113km.
Os radicais, depois de
terem conquistado mais de oitenta cidades, agora podem cercar Assad pelo norte
e pelo sul.
O avanço a Homs
Nesta quarta-feira, o
Tahrir al-Sahm (THS) adentrou à província de Homs, que fica a 160km de Damasco.
A cidade serve como porta
de entrada da capital do país, que é o objetivo principal dos radicais desde a
nova insurgência contra Assad.
Além da importância
territorial, a ditadura de Assad tem duas refinarias de petróleo em Homs.
Tomar a cidade de Homs,
então, significaria um isolamento de Damasco.
Na capital, a Rússia
estabeleceu uma base aérea e naval para proteger o regime de Assad, que
ficariam sob risco de invasão dos terroristas.
Rússia recomenda saída
Aliada de Assad, a Rússia
recomendou nesta sexta-feira, 6, a saída de todos os seus cidadãos que vivem na
Síria em meio ao avanço dos terroristas do Tahrir al-Sahm (THS) à província de
Homs.
“A Embaixada russa em
Damasco lembra aos cidadãos, que vivem na Síria, sobre a possibilidade de
deixarem o país usando voos comerciais através de voos comerciais de aeroportos
abertos”, diz parte do comunicado.
A ofensiva do HTS
Uma insurgência do grupo
jihadista Tahrir al-Sham (HTS), ex-braço da Al-Qaeda, contra a ditadura de
Bashar al-Assad, na Síria, bagunçou o tabuleiro geopolítico de uma guerra civil
que se considerava terminada em 2016, mas que agora parece interminável.
As forças terroristas já
capturaram cidades como Aleppo, a segunda maior da Síria, e Hama, a terceira.
Os rebeldes também
controlam a maior parte da província de Idlib, no noroeste.
Agora, o objetivo do HTS
é tomar a capital Damasco.
Para isso, antes,
travarão uma batalha em Homs, onde já estão.
(Fonte: O Antagonista)
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