Correção de juros
e demanda por títulos atrelados à Selic puxaram a alta
Influenciada pelo
nível alto de juros, a Dívida Pública Federal (DPF) subiu em novembro e superou
a marca de R$ 7,2 trilhões. Segundo números divulgados nesta quinta-feira (26)
pelo Tesouro Nacional, a DPF passou de R$ 7,073 trilhões em outubro para R$ 7,204
trilhões no mês passado, alta de 1,85%.
Apesar da alta em
novembro, a DPF está dentro da banda prevista. De acordo com o Plano Anual de
Financiamento (PAF), apresentado no fim de janeiro e revisado em setembro, o
estoque da DPF deve encerrar 2024 entre R$ 7 trilhões e R$ 7,4 trilhões.
A Dívida Pública
Mobiliária (em títulos) interna (DPMFi) subiu 1,71%, passando de R$ 6,748
trilhões em outubro para R$ 6,863 trilhões em novembro. No mês passado, o
Tesouro emitiu R$ 56,88 bilhões em títulos a mais do que resgatou,
principalmente em papéis corrigidos pela Taxa Selic (juros básicos da
economia). No entanto, o principal fator de variação foi a apropriação de R$
58,75 bilhões em juros.
Por meio da
apropriação de juros, o governo reconhece, mês a mês, a correção dos juros que
incide sobre os títulos e incorpora o valor ao estoque da dívida pública. Com a
Taxa Selic (juros básicos da economia) em 12,25% ao ano, a apropriação de juros
pressiona o endividamento do governo.
No mês passado, o
Tesouro emitiu R$ 82,98 bilhões em títulos da DPMFi, o menor volume desde
outubro do ano passado, e resgatou R$ 26,1 bilhões. A maior parte das emissões
(R$ 50,37 bilhões) ocorreu para atender à demanda de títulos corrigidos pela
Taxa Selic (juros básicos da economia).
No mercado
externo, a Dívida Pública Federal externa (DPFe) subiu 4,78%, passando de R$
325,22 bilhões em outubro para R$ 340,76 bilhões no mês passado. A alta foi
puxada pela valorização do dólar, que subiu 4,77% no mês passado. O dólar
começou a disparar em junho, influenciado pelo atraso no início da queda dos
juros nos Estados Unidos e pelas eleições no país.
(Fonte: Pleno News
/ Agência Brasil)
0 comments: