Neste ano, no
Distrito Serrana, a Paróquia de Santo Antônio manteve a nobre tradição
natalina dos presépios. Uma observação mais atenta presenciará no presépio
apresentado aos fiéis, um estilo que une a simplicidade à sofisticação.
O perfil em
questão traz características do plano local, haja vista a presença de plantas
oriundas da nossa região. Tal perspectiva deve ser exaltada, pois o fenômeno
universal do nascimento de Jesus Cristo perpassa por um diálogo com elementos
atrelados à localidade.
A simplicidade do
presépio supracitado nos remete à sofisticação, pois é perceptível uma estética
refinada que absorve o olhar do público; a priori, é uma tarefa árdua
unir polos aparentemente opostos: o simples e o sofisticado. Como diria a
sabedoria popular: “Não é fácil fazer o simples”.
A tradição dos
presépios principiou no século XIII com São Francisco de Assis, consagrando-se
como um dos ícones mais representativos do Natal. A contemplação de um presépio
nos transporta para uma experiência de hierofania, isto é, a manifestação
do sagrado no plano concreto. Notadamente, quando nos deparamos com um
presépio, somos impelidos a sentir a grandiosidade do nascimento do Filho de
Deus.
O Natal é
um período excelso do cristianismo, suscitando no indivíduo o sentimento
de renovação e a esperança em prol de dias melhores. Apesar da apropriação
mercadológica do Natal que pode nos induzir ao consumismo (troca de presentes),
não podemos esquecer que esta data é o ensejo para que tenhamos o aprimoramento
da nossa espiritualidade, cuja bússola é o próprio Jesus Cristo. Sejamos como
os Reis Magos e sigamos de forma ininterrupta a Estrela de Belém.
Desejamos a todos um Feliz Natal!
(Tosta Neto,
10/12/2024)
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