Afogado
no mar da angústia, andando sob a solidão,
Na
morada dos mortos, passos cheios de sofreguidão;
Pensamentos
céticos, lágrimas “cortam” o semblante,
A
dor perfura o âmago, sensação de ser insignificante.
O
olhar perdido incide na lápide, corpo estagnado;
Cabelos
cheios e pretos, vida abreviada, eclosão do medo,
Existência
inferior a meia década, coração amargurado,
Anjo
Desconhecido, por que tu foste terrivelmente cedo?
Ó
Pequeno Rebento, quantas vidas tu poderias impactar?
Deixaste
teus pais tristes e desolados, órfãos a chorar;
Tua
energia vital se esvaiu e partiste ao plano espiritual.
A
naturalidade da morte se reveste num carma brutal,
Ciclo
frio e inclemente, cujo fim não é tão fácil aceitar;
Apenas
Vós, ó Senhor Deus de Israel, podeis nos consolar.
(Tosta
Neto, 17/10/2024)
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