Principais alimentos do prato do brasileiro, por terem preços mais em conta e por proporcionar uma dieta com equilíbrio nutricional, o feijão e arroz podem encarecer em 2024.
Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado no dia 11 de janeiro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em dezembro, todos os nove grupos de produtos e serviços analisados pela pesquisa registraram alta, no entanto, a maior veio de alimentação e bebidas (1,11%), grupo que acelerou em relação ao mês anterior (0,63%) e exerceu o maior impacto sobre o resultado geral (0,23 ponto percentual). Populares na mesa, o encarecimento desses produtos geram problemas e pesa no bolso de todos os brasileiros. Acompanham a alta dos preços a batata-inglesa (19,09%), o feijão-carioca (13,79%), o arroz (5,81%) e as frutas (3,37%). A a alimentação no domicílio subiu 1,34%. No acumulado do ano passado o arroz subiu 24,54%.
O motivo se deve às influências dos eventos climáticos recentes. O aumento da temperatura e o maior volume de chuvas em diversas regiões do país influenciaram a produção dos alimentos, conforme, explicou, em nota, o gerente do IPCA, André Almeida. Segundo ele, no caso do arroz, que registrou alta pelo quinto mês seguido, a produção foi impactada pelo clima desfavorável. O feijão, por sua vez, tem relação com a redução da área plantada, o clima adverso e o aumento do custo de fertilizantes. Há, entre especialistas, uma preocupação com a possibilidade desses preços subirem em 2024.
Atualmente em Salvador, em alguns locais o quilo do feijão preto pode chegar até R$ 15 reais, quando, já chegou a custar de R$7 a R$10 a depender dos estabelecimentos. Já um quilo de arroz nos principais grandes mercados está entre R$ 7,50 a R$10, a depender da marca e do tipo. Entre 2020 a 2021, por exemplo, este valor variava entre R$ 2,50/kg a R$4/kg.
Uma inflação de 4,5%, ainda que dentro da meta, e o aumento do arroz e do feijão, vão trazer desconfortos no bolso da população de baixa renda.
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