As reformas dos palácios presidenciais de Brasília já custaram R$ 26,8 milhões em 2023, segundo o jornal O Estado de S. Paulo. Os gastos incluem a compra de móveis, materiais e utensílios domésticos para Palácio do Planalto, Palácio da Alvorada, a Residência Oficial do Torto e o Palácio do Jaburu.
Entre os itens mais caros estão 13 tapetes de nylon e de sisal de fibra, sendo três para o Alvorada e 10 para o Planalto. O valor total estimado é de R$ 374.452,71. Os preços de cada tapete variam de R$ 736 a R$ 113.888,82. Os mais caros trata-se de itens inspirados em desenhos modernistas do arquiteto Burle Marx.
A Presidência da República diz que falta aos tapetes orientais usados hoje a "brasilidade" necessária. "Realizou-se uma pesquisa sobre as tipologias de materiais utilizados na produção de tapetes brasileiros, bem como sobre os locais e meios originários de fabricação das peças de tapeçaria no país objetivando uma maior integração visual entre os espaços do prédio", diz a justificativa.
A Presidência diz que o tapete mais caro não se trata de item luxuoso, cuja compra seria proibida por decreto de 2021. Segundo a Secretaria de Comunicação (Secom), o item possui as características superiores justificadas, por causa da estrita atividade do órgão ou da entidade.
Também está previsto o gasto de 156.154,77 reais para trocar os pisos da Granja do Torto, para "padronizar" o ambiente com materiais que tenham "maior durabilidade e que exijam uma baixa manutenção".
Outros 130.695,36 reais vão para um enxoval de lençóis e roupas de cama e de banho.
A Secom disse ao Estadão que as peças adquiridas respeitam os padrões e referências dos Palácios oficiais e destacou que "todas as peças passam a integrar o patrimônio da União e serão utilizadas pelos futuros chefes de Estado que lá residirem".
O valor total das reformas ainda pode aumentar, já que há outros itens previstos para serem adquiridos, como eletrodomésticos, móveis de escritório e equipamentos de segurança.
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