Senadores e deputados da oposição ao governo expressaram críticas à participação da esposa de um traficante do Comando Vermelho em duas reuniões no Ministério da Justiça e Segurança Pública. A situação gerou promessas de denúncia ao Ministério Público Federal, pedidos de impeachment e convocações de Flávio Dino, ministro da pasta, à Câmara dos Deputados.
O senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado, destacou uma pauta identitária do governo atual e o enfrentamento insuficiente da violência, do aumento da insegurança e da ocupação de territórios pelo crime organizado.
O ex-ministro da Justiça Sergio Moro (União-PR) manifestou preocupação com a facilidade com que pessoas ligadas a organizações criminosas visitam o Ministério da Justiça e Segurança Pública.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) anunciou que apresentará uma representação no Ministério Público Federal para investigar uma possível associação entre Flávio Dino e o Comando Vermelho.
O deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP) pretende convocar Flávio Dino para prestar esclarecimentos sobre as visitas da esposa de um membro do Comando Vermelho às instalações do Ministério. Ele também propôs possíveis medidas criminais contra os servidores envolvidos.
Além disso, o deputado solicita à Procuradora-Geral da República a investigação das ações de Flávio Dino e de Elias Vaz, secretário de Assuntos Legislativos do Ministério, e de Rafael Velasco Brandani, secretário Nacional de Penais, que se reúnem Políticaam com Luciane Barbosa Farias , a esposa do traficante.
O deputado federal Filipe Barros (PL-PR) planeja incorporar com um pedido de impeachment contra Flávio Dino, alegando que os atos do Ministério atentam contra a segurança interna do país.
Já o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) solicitou imagens das visitas de Luciane à Câmara dos Deputados para esclarecer quais gabinetes ela "visitou". As informações são do jornal Gazeta do Povo.
Flávio Dino negou ter recebido qualquer líder de facção criminosa ou parente em seu gabinete e afirmou que a audiência mencionada não ocorreu na sede do Ministério. Ele pediu que as pessoas verificassem a história verdadeira no Twitter de Elias Vaz, secretário de Assuntos Legislativos do ministério.
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