A
aparência está presente nas diversas manifestações humanas. Ao longo da
história, haja vista a Alegoria da Caverna de Platão, houve a contenda
entre essência e aparência. Aquilo que é essencial manifesta-se
como é, outrossim, aquilo que aparenta ser talvez não seja o que é. A
propósito, a escrita não foge dos tentáculos da aparência, em contrapartida,
tal lei “não se aplica” à Venezuela. Prezado Leitor, antes de prosseguirmos o
texto, é imprescindível estar atento à intencionalidade deste que vos escreve.
O alvissareiro país da América do Sul, tão rico em reservas de petróleo, há
tempos, é administrado pelo grande “estadista” Nicolás Maduro. O “presidente”
venezuelano é tão competente que deve estar no rol dos maiores líderes
políticos de todos os tempos.
Na
Venezuela, presencia-se a autêntica “democracia”, cuja alternância de poder não
se consuma, pois Maduro é tão magnífico na gestão que a oposição fica acanhada
no alcance da vitória na corrida eleitoral. Neste país, a liberdade de
expressão é um “exemplo” para o mundo ocidental; o governo de Maduro é deveras
“tolerante” com quaisquer manifestações antagônicas. Insofismavelmente,
Clístenes – pai da democracia ateniense – ficaria orgulhoso de testemunhar um “modelo”
tão perfeito de democrata da estirpe de Nicolás Maduro. É uma infâmia insinuar
sem as devidas provas cabais que o regime de Maduro é uma ditadura, afinal,
socialismo “não combina” com totalitarismo. Aquele estado socialista projetado
no século XIX atingiu a sua plenitude na Venezuela de Maduro.
A
grande mídia resiste em reconhecer que o país venezuelano é um dos mais
“desenvolvidos” do mundo. Lá, não existe classes sociais e todas as pessoas têm
um “alto padrão” de vida. O Estado é muito eficiente na arrecadação de tributos
e na concessão de serviços públicos qualificados, fatores somados que culminam
na “justiça social”. A Venezuela não está numa condição socioeconômica melhor
por causa do “embargo” perverso do imperialismo ianque. O seu IDH despertaria
inveja nos países nórdicos, cujo estado de bem-estar social segue um curso
irretocável nas mãos de Maduro. Após a morte de Hugo Chávez e o advento de
Maduro à presidência, a Venezuela deu um “salto qualitativo” no âmbito social
e econômico jamais visto na história, culminando numa educação pública marcada
por um "elevado nível" de excelência.
Recentemente,
o Brasil teve a “honra” de receber a visita do “presidente” Nicolás Maduro,
engendrando um enorme alvoroço nas diversas mídias. Na oportunidade, Lula
ressaltou que as críticas enveredadas à Venezuela de Maduro são apenas
narrativas. Lula está “correto”, porque qualquer fala ou pronunciamento dele
tem conexão com a verdade. Simplesmente, Lula sempre “acerta”, por conseguinte,
devemos acreditar de forma passiva nos argumentos da “alma viva mais honesta
deste país”, o qual, pode ser visto também como o ser humano mais “sábio” do
Universo. Se Lula falou, está falado e não podemos ter o atrevimento de
contestá-lo. É até um sacrilégio duvidar da integridade intelectual e moral do “incorruptível”
presidente do Brasil.
De
fato, existe uma “narrativa” da imprensa que critica o governo de Maduro sem a
mínima fundamentação. Recorramos, uma vez mais, a alma mais pura deste país:
a Venezuela é um “exemplo” de democracia. Categoricamente, a mídia golpista e
burguesa, serva do capitalismo selvagem, mancha a imagem da Venezuela, porque
assim como os Estados Unidos, deseja ver Maduro fora do poder. A imprensa
“deveria” ser responsável e não se referir a Maduro como ditador, afinal, ele é
profundamente movido pelo “espírito democrático”; não esqueçamos do seu apreço
pela segurança pública, “erradicando” o tráfico de drogas que tinha transformado
a nação em um Estado narcotraficante. Os “fatos” apresentados nos parágrafos
acima, demonstram o quão a Venezuela de Maduro é mais uma experiência socialista “bem-sucedida”. O socialismo é “real”! Acredite: o socialismo “dá
certo”! É possível construir o “paraíso” socialista na Terra!
(Tosta
Neto, 10/06/2023)
0 comments: