O Ministério Público Militar atendeu a um pedido do Ministério da Defesa e abriu uma apuração contra o presidenciável Ciro Gomes (PDT). Segundo o jornal Folha de S. Paulo, Ciro é acusado de ter incorrido em crime militar por supostamente ter difamado as Forças Armadas ao afirmar, durante entrevista à rádio CBN em junho deste ano, que elas são coniventes com crimes ambientais registrados na região da Amazônia. “Isso acabou transformando o território nessa holding do crime, claramente protegida por autoridades brasileiras, inclusive das Forças Armadas”, disse o pedetista na ocasião.
A partir daí, o Ministério da Defesa, comandado pelo general Paulo Sérgio Nogueira, acusou Ciro de fazer comentários infundados e pediu uma investigação sobre o caso. Ciro, por sua vez, disse que a iniciativa foi feita após a interferência de Jair Bolsonaro. O PDT também acionou a Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Nogueira alegando que a acusação era uma tentativa direta de interferência na candidatura cirista, além de atentar contra sua liberdade individual e de expressão.
Ainda conforme a reportagem, Ciro é acusado de incorrer em dois tipos penais. “O primeiro, o de incitação ao crime, previsto no artigo 286 do Código Penal. Segundo a legislação, o delito é cometido por quem incitar animosidade entre as Forças Armadas, ou delas contra os Poderes constitucionais, as instituições civis ou a sociedade.
O ministério também acusou o pedetista de propalar fatos, “que sabe inverídicos, capazes de ofender a dignidade ou abalar o crédito das Forças Armadas ou a confiança que estas merecem do público”, crime previsto no artigo 21 do Código Penal Militar”.
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