Destaque na vitrine do PT nas disputas de 2010, 2014 e 2018 como uma das promessas de maior potencial para captar votos, a Ponte Salvador-Itaparica virou mera figurante na campanha de Jerônimo Rodrigues este ano. Até o momento, o projeto sequer aparece nas inserções e programas do candidato do partido a governador já exibidos na televisão e praticamente só é citado por ele em postagens nas redes, ainda assim de modo discreto e sem o enorme protagonismo que teve nas três últimas eleições, quando ocupou a lista de grandes obras a serem entregues para a população do estado, embora há 12 anos nunca tenha saído, de fato, do papel.
Bico fechado
A perda de espaço da ponte entre as propostas centrais do petista na batalha pelo Palácio de Ondina e o silêncio do governador Rui Costa sobre o estágio em que ela se encontra reforça os indícios de que o projeto hibernou de vez, diante da recusa dos chineses em tocar a obra com os valores previstos anteriormente no contrato de concessão.
Tempo além da conta
Os estrategistas da campanha de Jerônimo estão quebrando a cabeça na tentativa de reverter os baixíssimos índices do ex-secretário estadual de Educação em uma parcela importante da população onde o ex-prefeito ACM Neto navega em mar de almirante: o eleitorado mais jovem. Na faixa dos 16 aos 24 anos, integrantes da equipe de marketing do petista consideram a tarefa bastante difícil, já que todos têm na memória apenas governadores do PT na Bahia. Na fatia dos 25 aos 34 anos, a missão é tida como menos complexa, apesar do forte sentimento de mudança de quem passou a infância e a adolescência sob comando de um partido mover esse grupo em direção ao candidato da União Brasil.
*CORREIO
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