Quem assistiu
Liverpool e Villarreal pelo jogo de ida (27) das semifinais da Champions League, teve o prazer de
contemplar a atuação soberba de Thiago Alcântara. Presenciou-se uma performance
brilhante, sobretudo nos passes e na inversão de jogadas. Após a partida, o
filho do tetracampeão Mazinho foi coroado com o troféu de melhor jogador em campo.
A propósito, o futebol apresentado pelo Liverpool nesta temporada é muito
contundente e competitivo, equiparando-se àquele time que conquistou a Champions em 2019.
Voltemos à
temática em questão. Thiago é um atleta que tem uma “visão de águia” do território:
distribuição precisa de passes que margeia à perfeição, condução do ritmo de
jogo e descoberta de espaços pouco prováveis. O camisa 6 dos Reds atua de
cabeça erguida, enxergando literalmente de cima os vazios espaciais e os
companheiros que apresentam o posicionamento mais favorável. O futebol, como
qualquer esporte, envolve o tempo e o espaço: o atleta que recebe a bola com
espaço terá tempo de reação para escolher a melhor opção, ou aquele que tem
tempo hábil para jogar irá explorar com mais eficiência o espaço disponível.
Tempo e espaço são conceitos indissociáveis no futebol, por conseguinte, um
jogador do calibre de Thiago Alcântara entende amplamente tal lógica.
Prezado Leitor,
subsequente ao belíssimo desempenho na final da Liga dos Campeões entre Bayern e PSG em 2020, Thiago rumou para
Liverpool; tal contratação foi a mais pontual e impactante daquela janela de
transferências. Por causa de problemas de lesão, Thiago não demonstrou o seu
melhor futebol, todavia, nesta temporada, ele potencializou ainda mais a
qualidade do meio-campo da equipe de Klopp. Thiago Alcântara é um verdadeiro
maestro dentro de campo: rege a orquestra futebolística com exímia genialidade
e alterna de forma equilibrada a aceleração e a cadência das jogadas. Assistir
Thiago Alcântara é testemunhar a evolução tática e técnica do próprio futebol,
observando-se também a resolução de problemas em um espaço de jogo cada vez
mais tenso, caótico e escasso.
(Tosta Neto, 30/04/2022)
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