“A Bahia é infelizmente campeã nacional do número de homicídios. Nós estamos ocupando essa posição desde 2017. Enquanto no Brasil há uma queda nos homicídios, na Bahia esse número só faz aumentar. A Bahia tem hoje quatro das dez cidades mais violentas do país. Imagine um país de mais de 5 mil municípios, quatro das dez mais violentas estão aqui na Bahia. Infelizmente as pessoas de bem hoje não têm tranquilidade de andar na rua. Muitas vezes as famílias são obrigadas a ficar dentro de casa trancadas enquanto os bandidos estão soltos na rua fazendo o que querem”, criticou.
Neto destacou que hoje, nas grandes cidades, há bairros em que a polícia não consegue entrar porque estão dominados pelo tráfico de drogas e pelas facções. Segundo ele, 293 municípios do Estado contam com apenas dois policiais se revezando para atuar nestas cidades. “A parte territorial é muito extensa, você tem a sede, os distritos, as comunidades da zona rural, imagine um policial para dar conta de tudo isso, é impossível”, afirmou.
Ele ainda pontuou que a Bahia lidera também o ranking de atentados contra agências bancárias. “Muitos bancos hoje não querem funcionar em várias cidades do interior porque não tem segurança. Os bandidos estão chegando lá super armados com explosivos, com o que se possa imaginar, explodindo agência bancária e levando dinheiro”, ressaltou.
O caminho para alterar essa realidade, afirma o ex-prefeito da capital, é inicialmente ter uma mudança de postura por parte do governador. Nas gestões do PT, critica Neto, os governadores “tiraram o braço da seringa”, ou seja, procuraram culpados e desculpas ao invés de resolver o problema. “Outro dia eu ouvi o governador dizer que é um problema internacional. Nós não estamos falando da guerra da Ucrânia, que infelizmente está matando muita gente. “Nós estamos falando de uma outra guerra tão grave quanto essa, que acontece aqui todos os dias”, salientou.
O pré-candidato ao governo disse que os profissionais que atuam nas forças de segurança estão desestimulados, porque não se sentem seguros. Ele voltou a pontuar a necessidade de aumentar o contingente das Polícias Militar e Civil. “Muitas vezes o bandido está mais armado que a polícia. Além do problema da remuneração, um problema que tem que ser enfrentado é quantidade de policiais. tem que ampliar o contingente para o para a polícia militar e para a polícia civil. Hoje existe um número inferior de policiais na rua, e não há hipótese de aumentar sensação de segurança sem policial na rua”, afirmou.
“E a pergunta que eu deixo é: quem não fez em 16 anos, quem teve a oportunidade de fazer durante quatro mandatos consecutivo, vai fazer agora? Será que a gente pode acreditar neste discurso do governador? Em relação à segurança pública, o governador tem sido omisso e o resultado está aí: infelizmente hoje a gente vive em um dos estados mais violentos do Brasil”, concluiu.
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