O presidente da Frente Parlamentar Evangélica, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), disse que conversou com o ministro da Educação, Milton Ribeiro, sobre o chamado “gabinete paralelo” de pastores. O deputado afirmou esperar explicações do titular do MEC até esta quarta-feira (23), quando se pronunciará em nome da bancada, mas evitou dizer se a nota divulgada mais cedo pelo ministro é “suficiente”.
– Falei com o ministro e disse a ele que não vou me manifestar até amanhã de manhã [hoje] para dar o tempo a ele para ele trazer explicações ao caso – declarou Sóstenes.
Em nota divulgada na tarde de terça-feira (22), Ribeiro disse que Bolsonaro não ordenou “atendimento preferencial a ninguém”. Ele também negou favorecer determinados grupos em detrimento de outros.
– Registro ainda que o presidente da República não pediu atendimento preferencial a ninguém, solicitou apenas que pudesse receber todos que nos procurassem, inclusive as pessoas citadas na reportagem – afirmou Ribeiro, na nota divulgada pelo MEC.
Sóstenes também procurou se distanciar de Ribeiro.
– O Ministro não foi indicação da Frente Evangélica, aliás nenhum dos ministros evangélicos do governo teve a indicação da FPE. Logo, se não temos indicação, não temos que pedir troca do que nunca indicamos – respondeu, ao ser questionado se defenderia a demissão do ministro.
Na sexta-feira (18), Sóstenes havia dito que iria conversar sobre o assunto com o presidente Jair Bolsonaro (PL). Os dois estavam juntos em agenda no Acre e retornaram a Brasília naquele mesmo dia.
– Isso não é papel de líderes religiosos, mas sim de parlamentares. Para isso disputamos eleição – afirmou Sóstenes, que é próximo do governo e do mesmo partido do chefe do Executivo.
*AE
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