O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar nesta quarta-feira, 12, os ministros do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso.
“Quem é que esses dois pensam que são?”, questionou, em entrevista ao site Gazeta Brasil. “Os dois, nós sabemos, são defensores do Lula, querem o Lula presidente”, disse.
Bolsonaro contestou decisões dos ministros relacionadas a processos envolvendo denúncias de fake news, crimes de ódio, calúnias, difamações, entre outros.
“Qual o crime eu cometi, senhor Luís Roberto Barroso? Que crime eu cometi? Quais foram as fake news que eu pratiquei? Falam que tem um gabinete do ódio, me apresente uma matéria que seria do gabinete do ódio”, afirmou.
O presidente continuou: “Eu fui julgado no TSE, a chapa Bolsonaro-Mourão, no final do ano passado, e lá foi a vez de o senhor Alexandre de Moraes falar claramente ‘houve, sim, fake news, houve disparo em massa, sabemos, no ano que vem [que é este ano], se tiver, vamos cassar o registro e prender o candidato'”.
“Ora, isso é jogar fora das quatro linhas. Eu só tenho isso a dizer para vocês: eu sempre joguei dentro das quatro linhas. Não se pode falar em terrorismo digital. Que terrorismo é este? É o que ele acha que é? Quem são os checadores de fake news pelo Brasil? Contratados a troco quê? Por que só um lado eles acusam de cometer crime, segundo eles?”
“Quem é que estes dois pensam que são? Quem eles pensam que são? Que vão tomar medidas drásticas dessa forma, ameaçando, cassando liberdades democráticas nossas, a liberdade de expressão?”
“Porque eles não querem assim, porque eles têm candidato. Os dois, nós sabemos, são defensores do Lula, querem o Lula presidente. Nós sabemos o que acontece no Brasil, agora, na mão grande isso não pode prosperar”, afirmou.
Bolsonaro criticou artigo escrito por Barroso em que defendeu a regulamentação das redes sociais. O presidente do Tribunal Superior Eleitoral disse que a ascensão das mídias sociais permitiu o aparecimento de “terroristas verbais que disseminam o ódio”.
“De terrorismo ele entende”, disse Bolsonaro, lembrando que o hoje ministro do Supremo defendeu, quando era advogado, o terrorista italiano Cesare Battisti.
*REVISTA OESTE
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