Na noite da
derradeira segunda (27), o futebol brasileiro foi surpreendido pelo pedido de
demissão de Cuca do Atlético-MG. Após a conquista da “Tríplice Coroa”, seria
difícil imaginar a saída do técnico em questão, mas se analisarmos o histórico
recente de Cuca, tal fato não deveria soar como surpresa. Desde o título do Brasileirão pelo Palmeiras em 2016,
Cuca vem colecionando rápidas passagens pelos clubes onde atuou. Ademais, em entrevistas
concedidas, Cuca reforçou a predileção por trabalhos curtos.
Prezado Amante
do Futebol, é deveras complicado mensurar as reais intenções de Cuca, porém
arrisquemos algumas possibilidades exequíveis. Cuca deixa o cargo com o status
de maior técnico da história do Atlético-MG, além de já ter alcançado o título
inédito e inesquecível da Libertadores
em 2013; notadamente, Cuca atingiu os grandes triunfos possíveis no âmbito do futebol
brasileiro e sul-americano. Outra questão que devemos salientar: como se fala
no jargão futebolístico, Cuca sai do Galo
“por cima”, deixando na torcida um sentimento positivo e nostálgico.
Nas recentes
demissões, Cuca alegou motivos de ordem pessoal, pois precisava de tempo para
usufruir da companhia da família. Esta justificava é plausível, afinal, o meio
do futebol é tenso e estressante, portanto, um período sabático ao lado da
família é de suma importância para revigorar as energias e evitar desgastes
desnecessários. Por ora, enfatizo uma intencionalidade subtendida na evasão
precoce de Cuca do Galo Vingador: o
cargo de técnico na Seleção Brasileira.
Logicamente,
posterior ao honrado e surpreendente 2º lugar na Libertadores pelo Santos e à “Tríplice Coroa”, sabe-se muito bem
que Cuca se credenciou para assumir o comando técnico da Seleção Canarinho. Qualquer treinador tem plena consciência da
grandiosidade deste cargo, por conseguinte, tal meta também faz parte do rol de
anseios de Cuca. A propósito, em 2022, teremos Copa do Mundo e, independentemente do resultado, a tendência é que
Tite saia da Seleção, logo, Cuca seria “a bola da vez”. Se Cuca realmente ficar
afastado neste período, evitará a desvalorização condicionada a um trabalho
malsucedido e, por tabela, manterá o seu nome em alta como principal favorito
para ocupar o cargo de técnico da camisa mais pesada e emblemática do futebol
mundial.
(Tosta Neto, 28/12/2021)
Cuca é um dos técnicos mais subestimados do país, levou o time totalmente acabado do Santos(2020) a final de uma libertadores!
ResponderExcluirSem dúvida, João Márcio! Foi um feito importante, pois aquele Santos estava longe de ser um potencial finalista. Grato pelo comentário!
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