De olho nas vagas na Câmara, os parlamentares são contra uma candiadura própria do PDT
Após ser alvo de uma ação da Polícia Federal na última quarta-feira, 15, Ciro Gomes (PDT) continua pressionado por aliados a abandonar os planos de ser candidato à Presidência da República no ano que vem. Pela pesquisa do Ipec divulgada nesta terça, 14, o pedetista tem 5%. As informações são da Folha de S.Paulo.
Boa parte da bancada prefere que o PDT não tenha candidato à Presidência e privilegie, na distribuição das verbas de campanha do partido, os candidatos à Câmara dos Deputados. A relação não é boa e Ciro Gomes não compareceu à festa de confraternização de fim de ano da bancada de deputados federais.
Além disso, com Sérgio Moro na disputa pela cadeira presidencial, Ciro Gomes viu o seu nome se tornar apenas a quarta preferência entre os eleitos.
Pedetistas ouvidos pela Folha defendem que o partido integre a tentativa de formação de uma grande federação entre partidos de esquerda liderada pelo PT de Luiz Inácio Lula da Silva. A informação é confirmada por integrantes do PT.
Isso porque as cadeiras no Legislativo são distribuídas de acordo com o total de votos recebidos pelos partidos e uma união em federação aumentaria essa quantidade. A avaliação dos pedetistas da Câmara é que ficar isolado por causa da candidatura de Ciro resultará em poucas vagas. Atualmente, o partido tem 25 cadeiras.
A avaliação é que com a operação da PF, mesmo que Ciro prove não ter qualquer envolvimento com irregularidades, os adversários podem usar o material fora de contexto para influenciar os eleitores.
A PF deflagrou a operação na manhã de quarta-feira, apontando indícios de desvios nas obras do estádio Castelão, no Ceará. Houve cumprimento de 14 mandados de busca e apreensão determinados pela Justiça, tendo entre os alvos os irmãos Ciro e Cid Gomes, senador, também do PDT.
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