Quando se encaminhava para seu carro, Ciro voltou a ser hostilizado pelos manifestantes. Alguns petistas mais exaltados atiraram garrafas e pedaços de pau contra os vidros do veículo. Na sequência, depois de o pedetista deixar o local, houve uma briga entre os próprios militantes, que acabaram dispersados pela Polícia Militar (PM). Ninguém foi preso.
Ao discursar no caminhão de som, Ciro recebeu vaias e xingamentos de petistas, que entoaram o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ausente na manifestação. Depois de sofrer a tentativa de agressão, Ciro afirmou que o Brasil é maior do que o “fascismo travestido de vermelho e de verde e amarelo” e disse não ter ouvido as vaias. Segundo o ex-ministro, a ação violenta partiu de “meia dúzia de bandidos travestidos de esquerda que se acham donos da verdade”.
Em nota, o PDT informou que “meia dúzia de militantes petistas que estavam em um bar, visivelmente alterados, tentaram hostilizar Ciro e o presidente [do partido] Carlos Lupi”. “São atos covardes de quem não está interessado no país. Esses covardes não intimidarão quem quer que seja”, afirmou a agremiação.
Dirigentes de outras legendas de esquerda que organizaram o ato se solidarizaram a Ciro. A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, classificou a tentativa de agressão como “incidente lamentável”.
Nos últimos anos, Ciro tem subido o tom das críticas a Lula e aos governos petistas — dos quais participou no primeiro escalão, é bom lembrar. A militância do PT não o perdoa por ter viajado a Paris depois de derrotado no primeiro turno das eleições de 2018, ficando de fora da campanha de Fernando Haddad no segundo turno contra Jair Bolsonaro.
*Revista Oeste
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