O ministro Alexandre de Moraes fez duras críticas ao uso das chamadas “milícias digitais” nas eleições de 2018 e disse que, se houver repetição da prática nas próximas eleições, “o registro será cassado” e as pessoas que fizerem isso “irão para a cadeia por atentarem contra as eleições e a democracia no Brasil”.
A declaração foi dada nesta quinta-feira, 28, durante julgamento de ações que pediam a cassação da chapa Bolsonaro-Mourão por disparos em massa nas últimas eleições presidenciais. Moraes votou pela absolvição por uma questão de “lapso temporal”, mas disse que houve disparos e financiamento não declarado para esses serviços. O ministro será o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nas eleições do ano que vem.
“Nós já sabemos como são os mecanismos, quais são as provas que devem ser obtidas e como. E não vamos admitir que essas milícias digitais tentem novamente desestabilizar as eleições a partir de financiamentos espúrios não declarados. A partir de interesses econômicos não declarados e que estão sendo investigados, pois aqueles que auxiliaram depois tiveram uma contrapartida. Não há almoço grátis no mundo”, afirmou.
Por unanimidade, os ministros do TSE rejeitaram os pedidos para cassar a chapa presidencial, mas a maioria aprovou uma tese segundo a qual disparos em massa contendo desinformação podem configurar abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação social.
*REVISTA OESTE
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