O governador Rui Costa (PT-BA) afirmou na manhã desta segunda-feira, 27, que não tem intenção de reduzir o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) dos combustíveis estadual, como foi feito pelo governador do Rio Grande Do Sul, Eduardo Leite (PSDB).
“Eu não sou demagogo, não contem comigo para fazer isso. Nós temos 30 mil homens na polícia militar, 5 a 6 mil na polícia civil, médicos, enfermeiros, técnicos e essas pessoas querem receber seus salários em dia, a sociedade pede. Como você vai fazer isso tudo se diminuir demagogicamente a receita? A conta não fecha".
Na última semana, um grupo de 19 governadores assinou uma carta que rebate o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que alega que a alta no valor dos combustíveis se dá por conta do ICMS estadual. No documento , o grupo afirma não ter promovido qualquer imposto nos últimos 12 meses, enquanto o valor da gasolina aumentou mais de 40%.
"O Rio Grande do Sul, historicamente, até meses atrás, era o estado do Brasil com salários atrasados, nem 13º tinha pago. Eu vou ser candidato a A, B, C ou Z, aí eu começo a fazer medidas demagógicas para conquista a simpatia popular? Eu não faço isso", criticou.
A decisão de Eduardo Leite deixou diversos governadores do Brasil irritados pois alimenta a narrativa de Bolsonaro de que os gestores estaduais seriam os culpados pelo aumento nas bombas de combustível do país.
"O preço do combustível está alto pela política desastrosa do governo federal. O presidente do Banco Central do Brasil declarou que não entende a velocidade com que a Petrobras faz os reajustes quando é para subir e não repete a mesma velocidade quando é para descer. Aí você diminui a produção de derivados de petróleo no Brasil para importar um volume maior e dolariza o preço. Que país faz isso?", questionou.
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