Prezado
Leitor, a priori, não farei
especulações sobre o próximo clube de Lionel Messi. Inegavelmente, o mundo do
futebol e, sobretudo, os torcedores do Barcelona, estão chocados com a saída do
gênio argentino do time catalão. Havia fatores que apontavam a renovação
contratual, entre os quais, o título honrado do Barça na Copa do Rei, a chegada de Joan Laporta e a contratação de Sergio Agüero (amigo pessoal de Messi).
Não
é novidade para ninguém que o Barcelona está passando por dificuldades financeiras,
condição que prejudica de forma exacerbada a contratação de atletas renomados.
Sem dúvida, Messi objetiva conquistar, antes da aposentadoria, outro título da Champions League, intento que não é tão
exequível com o atual elenco culé; não esqueçamos das eliminações vexatórias
para Roma e Liverpool e a goleada humilhante de 8 x 2 imposta pelo Bayern.
A
saída de Messi representará uma perda imensurável de visibilidade ao Campeonato Espanhol, status que já
vinha degradando-se diante da ida de Cristiano Ronaldo para a Juventus. A La Liga necessita reinventar-se e
torcer para que o Barcelona monte um time competitivo que consiga fazer frente
ao Real Madrid. Ademais, o El Clásico
não será mais o mesmo com o vazio deixado pelo ídolo blaugrana.
Enfim,
reflitamos sobre o “terremoto” da temática em questão no Barcelona.
Normalmente, o senso comum enfatiza que “ninguém é insubstituível”, porém este
que vos escreve não seguirá tal máxima. Hoje, Messi é INSUBSTITUÍVEL no Futbol Club
Barcelona, logo, sou persuadido a
apresentar sólidos argumentos. Ei-los: maior e melhor jogador da história do
Barça; impacto incisivo nos jogos com gols, assistências, dribles e passes
surreais; a Era Messi é a mais
vitoriosa da história do clube catalão; lances e gols memoráveis que habitam o
imaginário popular; reverência máxima da torcida.
O Barça precisará efetuar um esforço descomunal para mitigar
os efeitos devastadores da saída de Messi, esforço que perpassa pelo equilíbrio
financeiro, a contratação de jogadores pontuais que tenham um acessível
custo-benefício e o investimento maciço nas categorias de base. Num primeiro
momento, jogadores e torcedores blaugranas terão uma sensação de orfandade,
condição que só será dissipada pelo avanço do tempo. No curto e médio prazo, a
perspectiva não é nada promissora, todavia, um clube do tamanho do Barcelona
conseguirá encontrar o caminho para mantê-lo na primeira prateleira do futebol
mundial.
(Tosta Neto, 05/08/2021)
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