Em live realizada pelo Conjur no último dia 31, Lira explicou que o regimento interno da Casa permite que a votação seja encaminhada a plenário, mesmo que o texto tenha sido rejeitado pela comissão. Isso porque ela tem caráter opinativo, e não conclusivo. “As comissões especiais não são terminativas, são opinativas, então sugerem o texto, mas qualquer recurso ao plenário pode ser feito”, disse. Diante do parecer negativo, o deputado Junior Mano (PL-CE) deve redigir um novo texto contrário ao do antigo relator, Filipe Barros, ou seja, pelo arquivamento da PEC. Este novo parecer tem votação prevista na comissão para esta sexta-feira, 6, e, se aprovado, será enviado ao plenário. A votação na Câmara, porém, deverá ser marcada por Lira, que não tem prazo máximo para pautar o tema.
Falando a favor da PEC na sessão desta quinta, Kicis citou um relatório da Polícia Federal que traz informações cedidas pelo secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Giuseppe Dutra Janino, dizendo à corporação que “existe a possibilidade de manipulação de arquivos de configuração que alimentam o software da urna”. “As vísceras da fragilidade do sistema estão expostas, o povo foi às ruas para exigir transparência eleitoral”, disse, afirmando que não tem como provar fraudes, mas tem como provar uma invasão ao sistema. Falando contra o voto impresso, a deputada Fernanda Melchionna citou supostas “ameaças golpistas” do governo e disse que Jair Bolsonaro é “delinquente que acha que tem condições de ameaçar a realização das eleições”.
*JP
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