O senador Marcos Rogério (DEM) considera que o processo de compra da vacina indiana Covaxin está totalmente regular. Para ele, a denúncia feita pelo deputado federal Luís Miranda e seu irmão Luís Ricardo Miranda, servidor do Ministério da Saúde, é vazia. “Pelo que apurei no contrato, na documentação enviada, me parece ser uma denúncia vazia, porque o processo está totalmente regular. O documento que apresenta, quando olha você vê que há um erro realmente e na própria tramitação você verifica que um servidor subordinado ao próprio funcionário que será ouvido hoje [Luís Ricardo Miranda] faz contato com a empresa apontando o erro e isso é resolvido em muito pouco tempo”, afirmou em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan. O parlamentar também comentou sobre as denúncia de que a Madison Biotech seria uma empresa de fachada. “Essa empresa foi indicada pela titular da vacina como empresa que deveria ser feito a questão do pagamento. Muitas narrativas não se sustentam”, ressaltou, pontuando que os “erros materiais” encontrados no documento foram objetos de substituição da empresa, sendo corrigidos. “Tudo está no processo é só olhar”, completou, defendendo novamente que o trâmite está regular.
Para Marcos Rogério, a movimentação de membros da oposição do governo foi muito “antecipada”. “Foram apressados demais, comemoraram cedo demais”, afirmou, citando que a atual gestão é diferente das anteriores, onde casos de corrupção e escândalos eram frequentes. “Até agora não se tem identificado esquema de corrupção. Mesmo se eventualmente em algum setor tiver qualquer coisa que cheire suspeita de corrupção, a ação de combate e enfrentamento será implacável”, garantiu o parlamentar, que integra a base do governo no Senado Federal. Sobre a atuação do presidente Jair Bolsonaro após receber as informações sobre possíveis irregularidades na compra da Covaxin, Marcos Rogério pontuou que o presidente tomou a decisão correta ao comunicar o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que, segundo ele, fez “as diligências necessárias com a sua equipe”.
O senador considera ainda que o caso da compra da Covaxin envolve uma situação funcional causada, principalmente, pelo alto nível de cobrança e da pressa para aquisição de vacinas contra a Covid-19. “Era uma cobrança nossa e acabou virando um caso no Ministério Público Federal e agora na CPI”, afirmou. A respeito do depoimento de Luís Miranda e do irmão no colegiado nesta sexta-feira, o senador pontuou que a oitiva será uma oportunidade para que os parlamentares façam as perguntas necessárias e busquem evidências da denúncia. Por ocuparem a posição de convidados, os depoentes não devem fazer juramento e podem, segundo Marcos Rogério, deixar a comissão “caso se sintam ameaçados”. “Não acho que seja o caso. Alguém que disse o que ele disse tem a obrigação de dizer o que sabe, na medida do que conhece”, finalizou.
*JP
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