Na sessão desta quarta-feira (30), o senador Otto Alencar (PSD-BA), membro da comissão da CPI da Covid-19, teve a oportunidade de aprender uma boa lição. A de não usar ironia, lacração ou sarcasmo quando houver o risco de a mensagem ser pega ao pé da letra.
O senado Otto havia substituído temporariamente o senador Omar Aziz (PSD-AM) na presidência da sessão da CPI. O convocado como depoente foi o empresário Carlos Wizard Martins, que compareceu assessorado pelo advogado criminalista Alberto Zacharias Toron.
O empresário, ampara do por uma habeas corpus, tinha o direito de permanecer calado. E exerceu essa prerrogativa praticamente o tempo todo. A todas as perguntas respondia que se reservava o direito de permanecer em silêncio.
Em determinado momento, depois de algumas acusações ao depoente, Otto Alencar resolveu usar a ironia e fazer, segundo ele, uma "brincadeira" em tom bem jocoso. Disse que Wizard estava amarelo, e o advogado "corado" vermelho, como se tivesse tomado sol.
Toron não aceitou o comentário do senador, e, de maneira indignada, partiu para o revide. Afirmou que pelo fato do senador se dirigir a ele, e não permitir-lhe o direito de resposta, era uma covardia. “Não pode me chamar de covarde aqui não. Eu mando lhe retirar daqui. Chamo a Polícia Legislativa para tirar esse senhor daqui. Tira agora. Ou senhor pede desculpa ou lhe tiro agora”, alertou Alencar.
Confira o trecho do lamentável episodio em vídeo acima.
O presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Felipe Santa Cruz, ofereceu sua solidariedade e apoio ao advogado Alberto Zacharias Toron.
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