Itália, berço da
Renascença, terra de Leonardo da Vinci
e Michelangelo, na atual temporada, testemunha o renascimento da Serie A. Nos últimos nove anos, o
campeonato italiano foi conquistado pela Juventus, fator que diminui o
interesse do mundo do futebol por tal competição. No geral, os amantes do
esporte mais popular do planeta preferem a alternância de clubes no posto de
campeão. O império longo de um time espelha a imagem, quiçá falsa, que o
campeonato não apresenta um alto nível de competitividade.
A tabela da Serie A aponta de forma inequívoca que La Vecchia Signora terá grandes dificuldades
para atingir a marca de autêntico decacampeão. Por ora, a disputa do Scudetto está sendo protagonizada pelos
rivais de Milão, cuja líder Internazionale tem 4 pontos de vantagem para o
Milan e 7 para a Juventus; é válido salientar que o time de Cristiano Ronaldo
tem 1 partida a menos em comparação aos adversários do norte da Península
Itálica.
Não obstante, a Serie A não se resume aos três clubes
supracitados. Devemos destacar o ótimo trabalho de Gian Piero Gasperini na
Atalanta, conquistando por dois anos seguidos uma vaga na fase de grupos da Champions League. Por sua vez, nas derradeiras
temporadas, o Napoli vem marcando uma presença constante na Liga dos Campeões, além de ser o atual
campeão da Copa da Itália. Citemos
também a Lazio e a Roma que estão a pleitear vagas nas competições europeias.
Por um bom
tempo, sobretudo nas décadas de 80 e 90, o campeonato italiano ostentava o
status de principal liga no continente europeu. Com a crise econômica na Itália
e o crescimento significativo da Premier
League e da La Liga, a Serie A passou a ocupar uma posição
mais secundária no Velho Mundo.
Torçamos para que o tradicionalíssimo futebol italiano, tetracampeão mundial,
continue nesta toada e recupere o protagonismo e o brilho de outrora.
(Tosta Neto, 03/03/2021)
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