O rompimento político entre antigos aliados, o ex-prefeito de Salvador e presidente do DEM, ACM Neto, e o deputado federal e ministro da Cidadania João Roma (Republicanos), é realmente "para valer", nas palavras do prefeito Bruno Reis (DEM).
Próximo dos dois, Bruno avaliou que a insatisfação de Neto com o aceite de Roma para integrar o governo Bolsonaro não é um "jogo de cena" e que condiz com a postura do cacique democrata de não querer negociar cargos com o Governo Federal.
"Neto não queria, não indicou e não irá indicar qualquer cargo do governo Bolsonaro. Sempre deixou claro desde o início. Ele já foi sondado para ser ministro, e queria manter a autonomia e independência. Foi uma decisão do Republicanos e por conta da proximidade, por Roma ter trabalhado na prefeitura, ele discordou da possibilidade de Roma assumir o ministério. Qualquer consequência, a partir dessa relação, você tem que perguntar a Roma e ACM Neto", disse.
A nomeação de Roma causou grandes rachaduras em suas alianças políticas. O ex-prefeito de Salvador, presidente do DEM e amigo pessoal de Roma, ACM Neto, criticou o aceite do deputado. "A decisão me surpreende porque desconsidera a relação política e a amizade pessoal que construímos ao longo de toda a vida", afirmou o demista.
A crise influiu na decisão da gestão de exonerar Luiz Antônio Galvão, que é ligado a João Roma, da Secretaria de Articulação Comunitária e Prefeituras-Bairro. De acordo com Bruno, a permanência do mesmo ficou insustentável porém outras exonerações não são esperadas.
"Luiz Antônio tem forte relação com João Roma, amizade com João Roma. Diante do cenário, conversamos e chegamos à conclusão de que não tinha clima para a permanência dele. Qual vai ser o futuro dele com relação à vida pública eu não sei. Em relação às demais pessoas que compõem a nossa equipe, são pessoas nossas, que me acompanham há muito tempo. Só sai alguém se for por decisão própria".
*A TARDE
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