Após
uma temporada lastimável, que teve como ápice a derrota acachapante para o
Bayern, o Barcelona dispensou Luis Suárez, negociado com o Atlético de Madrid.
A diretoria catalã precisaria ser muito eficiente e voraz no mercado da bola
para contratar um centroavante à altura do ídolo uruguaio, porém não o fez.
Deve-se fazer um meio-termo e reconhecer as dificuldades financeiras potencializadas
pelos efeitos terríveis da pandemia nas receitas dos clubes.
Na
primeira partida com a camisa dos colchoneros,
contra o Granada pelo Campeonato
Espanhol, o Pistolero entrou aos
25 minutos do 2º tempo, marcou 2 gols e efetuou 1 assistência. Uma estreia
brilhante e promissora! A camisa 9 do Barça, tão honrada pelo uruguaio, foi
herdada pelo limitadíssimo Braithwaite; até o momento, o atacante dinamarquês
anotou apenas 2 gols, em contrapartida, Suárez é um dos artilheiros da
competição com 9 tentos.
O
Barcelona fez um movimento equivocado: não contratou um substituto e acabou
fortalecendo um rival. Neste domingo (03), a equipe de Simeone reassumiu a
liderança da La Liga ao superar o
Aláves fora de casa por 2 x 1, cujo gol da vitória foi marcado justamente por
Suárez aos 45 minutos da etapa final. O Atlético atingiu 38 pontos e abriu 2 de
vantagem para o vice-líder Real Madrid, com a perspectiva de ampliar a
diferença, pois tem 2 jogos a menos.
Por
sua vez, o Gigante da Catalunha está
sem rumo: distância expressiva do líder, Messi (próximo do fim do contrato)
cada vez mais desmotivado, difícil duelo com o PSG pelas oitavas-de-final da Champions League e ausência de
perspectiva sobre uma evolução tática e técnica. Enfim, quem quiser consumar um
péssimo negócio, poderá fazer uma consultoria com os cartolas do Barcelona,
haja vista, a inconsequente dispensa de Luis Suárez, o terceiro maior
artilheiro da história do clube.
(Tosta Neto, 03/01/2021)
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