A Black Friday de 2020 promete. Para os consumidores, a data é sinônimo de descontos quase imperdíveis. Para os varejistas, significa dinheiro em caixa – e esta última sexta de novembro promete render mais dinheiro que qualquer outra na história.
Se em 2019, segundo pesquisa da Ebit/Nielsen, o comércio eletrônico faturou R$ 3,2 bilhões na data, alta de 23,6%, a pandemia deve fazer esse valor se multiplicar. Para este ano, a estimativa é de crescimento de 27%.
Mas tem empresa esperando avanço muito maior que esse. É o caso do Mercado Livre, que fala em crescimento de mais de 100% nas vendas nesta Black Friday na comparação com o mesmo período do ano passado.
Para outros varejistas, o momento é de provar que a transformação digital deu certo. É isto que a Via Varejo (VVAR3) quer mostrar. A empresa tem marcas fortíssimas na rua: Casas Bahia e Ponto Frio, mas já espera que as vendas pela internet superem o volume das lojas físicas.
O CNN Brasil Business ouviu quatro das maiores empresas de varejo do Brasil para entender o que o setor espera da data. Podemos dizer que, pelo menos no discurso, a esperança é de uma Black Friday muito rentável.
Via Varejo
“Em 2020, sem sombra de dúvidas, a procura online será maior (que a demanda nas lojas físicas)”, garante Abel Ornelas, COO da Via Varejo. A afirmação pode parecer comum em tempos de pandemia, mas tem um peso grande vinda de um dos dirigentes de uma companhia que demorou a se digitalizar e agora corre para ganhar força na internet.
“Em 2020, estamos com um bom planejamento, mas com uma proposta diferente em comparação com a do ano passado, quando centralizamos as ofertas e promoções para a sexta-feira mesmo”, conta Ornelas.
Amazon
A Black Friday da Amazon terá descontos de até 70% em produtos da marca ou nos itens vendidos por terceiros. A varejista anuncia promoções como Echo Dot 4ª Geração de R$399 por R$ 249.
Para a data, a varejista de Jeff Bezos ainda preparou ofertas relâmpago, que duram até seis horas e frete grátis para quem compra pela primeira vez. Para completar, quer entregar tudo em até dois dias.
Além disso, a Amazon promete ajudar os indecisos com um guia de presentes. A ideia é fazer uma curadoria de produtos para presentear alguém nesse fim de ano.
Mercado Livre
Uma das maiores empresas da América Latina, o Mercado Livre aproveita o momento favorável ao e-commerce e investe muito em logística. Adicione um sortimento de 305 milhões de produtos à receita e o resultado será um crescimento de três dígitos – pelo menos é o que a empresa espera.
Essa quantidade absurda de produtos pode chegar a casa dos consumidores dentro de 24 horas em 70% dos casos.
Fernando Yunes, vice-presidente sênior do Mercado Livre no Brasil, disse, em entrevista ao CNN Business, que o Mercado Livre vai atender à demanda “sem problemas” e que o planejamento contempla um volume ainda maior que o esperado.
Lojas Americanas (B2W)
Esta é a empresa que promete a maior Black Friday da internet brasileira. São “milhões de ofertas” na semana da Black (ou Red) Friday, com descontos de até 80%. A marca, que é controlada pela (BTOW3), tem uma das menores valorizações da bolsa dentre as varejistas digitais. Mas ela quer mostrar que é só uma fotografia do momento.
“Acreditamos que essa vai ser a Black Friday da conveniência”, diz a empresa, que promete entregas em até três horas.
*CNN BRASIL
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