O governador de Santa Catarina, Carlos Moisés (PSL), e outros dois ex-integrantes do governo estadual são alvo de operação que cumpre mandados de busca e apreensão por supostas fraudes em licitação na área da saúde.
A Operação Pleumon foi autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) a pedido do Ministério Público Federal (MPF). As medidas cautelares são cumpridas pelo MPF em conjunto com 30 agentes da Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (30).
O objetivo da operação é localizar provas para inquérito que apura fraudes na compra de respiradores para enfrentamento da pandemia do novo coronavírus no estado – o contrato sob suspeita movimentou R$ 33 milhões.
Os investigadores buscam provas da relação entre o governador, sua equipe e empresários que venderam 200 respiradores para Santa Catarina. Investigações revelaram indícios de participação de Moisés na contratação da empresa Veigamed.
Ao STJ, a subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo afirma que as buscas são necessárias para aprofundar as investigações e para verificar se a ordem de pagamento antecipado partiu do governador.
“Não se está a tratar de caso relacionado a criminalidade corriqueira, mas sim de fatos praticados em contexto de suposta criminalidade organizada, sofisticada e estruturada com os mais altos aparatos de poder, contando com a articulação de agentes com poder econômico, elevado conhecimento jurídico, forte influência política e, inclusive, a autoridade máxima do Poder Executivo catarinense", afirmou Araújo, em nota.
São investigados os crimes de fraude à licitação, peculato, corrupção, concussão, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
*CNN BRASIL
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