quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

FLÁVIO BOLSONARO DIVULGA SUPOSTO VÍDEO DE ADRIANO; MAURÍCIO BARBOSA DESMENTE ACUSAÇÃO

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Secretário da SSP-BA alega que vídeo não foi feito no IML Nina Rodrigues
O senador Flávio Bolsonaro publicou, nesta terça-feira (18), em seu Twitter, um vídeo onde mostra um corpo que supostamente seria de Adriano da Nóbrega, miliciano morto por policiais em Esplanada, na Bahia. Com as imagens fortes, o político insinua que o ex-capitão do BOPE foi torturado antes de ser morto, situação que é posta em dúvida por diversas pessoas, apesar de ser uma versão descartada pela autópsia oficial.
Em sua publicação, Flávio cita os ferimentos encontrados no corpo, que sugerem tortura.
“Perícia da Bahia (governo PT), diz não ser possível afirmar se Adriano foi torturado. Foram 7 costelas quebradas, coronhada na cabeça, queimadura com ferro quente no peito, dois tiros a queima-roupa (um na garganta de baixo p/cima e outro no tórax, que perfurou coração e pulmões.”, afirma.
Na necrópsia oficial, divulgada pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT), em Salvador, é apontado que Adriano foi morto por dois tiros de fuzil disparados a, no mínimo, um metro e meio de distância, além de que os disparos não teriam sido à queima-roupa, como disse o senador.
Além do vídeo, Flávio também publicou um registro de ocorrência que relata o procedimento feito pela polícia da Bahia durante o cumprimento de mandato de prisão contra o ex-PM.


E agora o registro de ocorrência do governo petista da Bahia, genérico e relatando uma suposta troca de tiros.
Quem está fraudando os registros? Para esconder o quê? Quem mandou matar Adriano?

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Com as publicações feitas pelo parlamentar, o secretário de Segurança Pública do Estado da Bahia (SSP-BA), Maurício Barbosa, se pronunciou sobre o vídeo. De acordo com ele, o vídeo não foi feito no Instituto Médico Legal (IML) e deixa claro que a investigação ainda não foi concluída.
“As imagens não foram feitas nas instalações oficiais do instituto médico legal. Então nós temos a clara convicção de que isso é para trazer algum tipo de dúvida, de questionamento, a um trabalho que ainda não foi concluído. Eu reforço aqui o posicionamento das nossas instituições, a transparência com que estamos agindo e não vamos deixar que, por uma questão política, ou por qualquer outro motivo, qualquer outro interesse que esteja por trás disso tudo, venham trazer qualquer tipo de questionamento prévio, sem antes termos a conclusão da nossa investigação, das nossas perícias, e que o Ministério Público e a Justiça se posicionem quanto a isso”, disse o secretário.
“[Vamos] agir com a máxima transparência, com a máxima intenção de ajudar instituições como o Ministério Público e a Justiça, e não trazer confusões e nem teorias políticas a respeito de um trabalho eminentemente policial”, completou.
Não só o secretário põe a veracidade da filmagem como dúvida. O médico legista do IML Nina Rodrigues, Mário Câmara, também estranha o vídeo, mas não confirma se o conteúdo é falso ou verdadeiro.
“Não sabemos se [o vídeo] foi adulterado, onde foi feito, não sabemos se o corpo é realmente do senhor Adriano. Então não faremos comentários sobre o vídeo. O que eu posso dizer, é reiterar que o laudo pericial foi feito por um perito médico legal especialista na área, com formação e balística, muito experiente em casos como este”, afirmou.
Apontado como suspeito do assassinato de Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, além de ser acusado de comandar o Escritório do Crime, milícia que atua na zona norte do Rio de Janeiro, Adriano da Nóbrega foi morto no dia 9 de fevereiro, quando estava foragido na Bahia. Flávio Bolsonaro já empregou a ex-esposa e a mãe do miliciano em seu gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.


Perícia da Bahia (governo PT), diz não ser possível afirmar se Adriano foi torturado. Foram 7 costelas quebradas, coronhada na cabeça, queimadura com ferro quente no peito, dois tiros a queima-roupa (um na garganta de baixo p/cima e outro no tórax, que perfurou coração e pulmões.


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