Bem antes de Nicolau Maquiavel
atribuir uma importância significativa do fator da guerra para o Estado, na China do século VI a.C.,
o general Sun Tzu já tinha antecipado tal reflexão. No clássico A arte da guerra, o pensador chinês delineia
a guerra como um elemento imprescindível à sobrevivência do Estado, por
conseguinte, o general era elevado ao status de conselheiro militar do rei. O
leitor precipitado poderia interpretar que o livro de Sun Tzu é uma ode à guerra,
porém, é mister que exista um percurso anterior.
A
priori,
o rei deve tentar resolver a contenda com o reino estrangeiro através da
diplomacia, em seguida, o Estado necessita guarnecer as defesas e, por fim, o
ataque é o derradeiro recurso. Anteriormente à invasão, o inimigo em
si – seus pontos fracos e fortes – e o território da batalha precisam ser conhecidos.
Nas entrelinhas, Sun Tzu proporcionou uma análise realista do Estado, cuja a
política externa é vital para a sobrevivência de qualquer aparato estatal.
Diante da análise pioneira no campo da filosofia política e da atemporalidade
de suas abordagens, A arte da guerra
de Sun Tzu é leitura obrigatória.
(Tosta Neto, 22/01/2020)
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