Americana
quebra recorde de Vitaly Scherbo e sai de Stuttgart com cinco títulos. Flávia
Saraiva é quarta colocada no solo e sexta na trave
A maior da história! Simone Biles
agora pode dizer que é a número 1 de todos os tempos, pelo menos em Mundiais de
ginástica artística. Neste domingo, a americana de 22 anos deu mais um show em
Stuttgart para conquistar mais dois ouros (um na trave e outro no solo) e assim
fechar a competição com cinco títulos (só não foi ao pódio nas barras
assimétricas). Simone Biles chegou a 25 pódios e quebrou o recorde de medalhas
em Mundiais.
Simone Biles já entrou no Mundial
de Stuttgart como número 1 em número de ouros. Nenhuma mulher ou homem foi
tantas vezes ao topo do pódio, agora com 19 títulos. Mas ainda havia uma marca
a ser batida pela americana: o de 23 medalhas de Vitaly Scherbo. Ela se igualou
ao ginasta de Belarus no sábado, ao faturar o ouro no salto, mas neste domingo
o ultrapassou com o tri da trave e se isolou com o penta do solo. Agora Simone
Biles também lidera esse ranking, com 25 pódios.
Em números de medalhas, Simone não
igualou seu desempenho de Doha 2018, quando foi aos seis pódios. Em número de
títulos, por outro lado, é a primeira vez que a americana consegue cinco ouros.
A melhor campanha de uma mulher na história do Mundial continua sendo da
soviética Larisa Latynina, que em Moscou 1958 faturou cinco ouros e uma prata.
A brasileira Flávia Saraiva pôde
acompanhar de perto as conquistas de Simone neste domingo. Finalista olímpica
da trave, Flavinha voltou a uma decisão do aparelho e não fosse uma queda logo
no início poderia ter brigado pelo pódio, acabando na sexta posição. No solo
ela foi ainda melhor. Quinta colocada no último Mundial, ela subiu um degrau em
Stuttgart com uma série quase cravada. Por apenas um décimo, Flavinha acabou na
quarta posição. Fora do pódio sim, mas cada vez mais perto de uma medalha.
Tri na trave
O primeiro dos ouros de Simone no
dia veio na trave, um aparelho que ela não vencia desde o Mundial de 2015.
Desta vez a americana foi precisa, nem sequer desequilíbrios leves apresentou
em uma série cravada. Não deu chances para ninguém, e a nota 15,066 pontos
mostrou a superioridade. Simone conquistou seu terceiro título no aparelho.
A chinesa Liu Tingting, campeã
mundial do ano passado, também havia sido quase perfeita, mas teve de se
contentar com a prata em Stuttgart, com 14,433 pontos. A caloura Li Shijia,
também da China, completou o pódio com mais uma série perto da perfeição, com
14,300.
Flavinha fechou a disputa, logo
depois que Simone tinha se apresentado. A brasileira precisava ser precisa para
vencer na execução adversárias com notas maiores de dificuldade. Só que logo na
primeira acrobacia, um mortal esticado, Flávia caiu. O pódio já estava fora de
alcance, mas a ginasta se recuperou bem da falha e completou a série de modo
impecável para ficar na sexta posição, com 13,400 pontos.
Penta no solo
Simone foi a última a se apresentar
no solo. Muito superior às rivais, sabia que só uma queda colocaria o título em
risco. A americana pisou fora do tablado na sua segunda acrobacia, mas nada que
assustasse uma ginasta que apresenta dois movimentos com seu nome, o Biles 1 e
o Biles 2. A nota 15,133 pontos confirmou o ouro, o 19º de Simone.
Antes do show de Simone, as rivais
brigaram pela prata e pelo bronze. A caloura americana Sunisa Lee ficou com a
prata, com 14,133 pontos. A russa Angelina Melnikova completou o pódio com
14,066 pontos.
Flavinha deu um show e praticamente
cravou sua série. A brasileira arrancou aplausos da Arena de Stuttgart e ficou
na expectativa por um lugar no pódio. A nota 13,966, apenas um décimo abaixo de
Melnikova, não era o suficiente. Flavinha ainda entrou com um recurso para
aumentar a nota de dificuldade, mas a arbitragem negou o pedido, mantendo a
brasileira na quarta posição.
(Fonte: Globo Esporte / *Edição OutroOlharInfo)
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