Áudios atribuídos ao presidente Jair Bolsonaro foram divulgados ontem (16) por pessoas ligadas ao PSL. Nas gravações, o mandatário pede apoio de deputados da legenda para destituir o líder do partido na Câmara Federal, Delegado Waldir.
Uma disputa de listas com assinaturas de deputados foi instaurada na Casa em torno da liderança da bancada. O conflito foi entre bolsonaristas e o grupo ligado ao presidente da sigla, Luciano Bivar (PE).
Questionado sobre as gravações, que foram enviadas pela Folha, o Palácio do Planalto declarou que não comentaria.
"Estamos com 26, falta uma assinatura para a gente tirar o líder, e colocar o outro. A gente acerta. Entrando o outro agora, dezembro tem eleições para o futuro líder. A maneira como tá, que poder tem na mão atualmente o presidente, o líder aí? O poder de indicar pessoas, de arranjar cargos no partido, promessa para fundo eleitoral por ocasião das eleições, é isso que os caras têm. Mas você sabe que o humor desses caras de uma hora para a outra muda", declarou Bolsonaro, no áudio divulgado, a um interlocutor desconhecido.
O presidente continua e defende que a medida seria legal. "Numa boa, porque é uma medida legal... Eu nunca fui favorável à lista não, sou favorável a eleição direta, mas no momento você não tem outra alternativa, só tem a lista".
Bolsonaro afirma ainda que entrou em contato com parlamentares do PSL insatisfeitos. "Aqui tem 25 (assinaturas) , já falei com o (deputado General) Peternelli, vou ligar para outras pessoas. Até quem sabe que passe aí de uns números... Se fechar agora, já tem o suficiente", disse.
De acordo a revista Época, as gravações foram feitas de maneira oculta no Palácio do Planalto ontem (16).
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