Cinemas americanos estão tomando
medidas adicionais de precaução para a estreia do filme Coringa, na próxima sexta-feira 4. Em 2012, na estreia do longa Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge,
um atirador fantasiado como o personagem matou doze pessoas em um cinema na
cidade de Aurora, no Colorado.
Com receio de ataques semelhantes,
mais de cinquenta cinemas decidiram proibir o uso de qualquer tipo de fantasia
nas sessões. O presidente da Landmark
Theatres, uma das principais redes de cinema dos Estados Unidos, explicou a
restrição. “Queremos que os clientes fiquem confortáveis com o ambiente a sua
volta”, disse Ted Mundorff.
O Exército americano também recebeu
orientações para ficar alerta a qualquer movimentação suspeita, segundo
reportou a rede CNN.
Por outro lado, a Regal, outra importante rede de cinemas
dos Estados Unidos, disse ao site de notícias TMZ, que não acredita que “o conteúdo ou a existência de um filme
possa ser a causa ou sinal de violência” e não restringiu nenhuma vestimenta ou
brinquedos para a sessão.
Na terça-feira 24, as famílias das
vítimas do atentado de 2012 enviaram uma carta à Warner Bros. pedindo que o
estúdio seja mais “responsável” com as sessões do filme do palhaço. Em
resposta, a Warner afirmou que a produção não tem o objetivo de incentivar a
violência. “Não é a intenção do filme, dos produtores nem do estúdio
transformar o personagem em um herói”, assinala a carta obtida pelo Entertainment Weekly.
O FBI notificou oficialmente o
Exército dos Estados Unidos de que pode haver atentados nas sessões do filme
realizados por extremistas que se definem como “incels” – involuntarily celibate ou celibatários involuntários. Esse grupo,
formado principalmente por jovens brancos, se diz rejeitado pelo sexo oposto e
costuma adotar discurso de ódio contra mulheres e minorias e idolatrar
assassinos em massa. O receio das autoridades é que a trajetória do Coringa no longa possa inspirar esses
extremistas.
(Fonte: Veja / *Edição OutroOlharInfo)
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