“Houve excessos de parte a parte”, afirmou, referindo-se aos insultos de ministros brasileiros e do próprio Jair Bolsonaro ao presidente francês, Emmanuel Macron, e à mulher dele, Brigitte Macron —que Serra descreveu na TV francesa, nesta segunda-feira (26), como “muito bonita, inteligente, elegante e charmosa”
O embaixador endossa as críticas de Bolsonaro à suposta ingerência internacional na região da floresta —o presidente afirmou na semana passada que seu par francês manifestava “mentalidade colonialista” ao retratar a situação atual como “crise internacional.
Também ratificou o discurso de desconfiança do presidente brasileiro sobre as ONGs que atuam na região amazônica. “Dá para desconfiar que tem uma agenda escondida quando você vê 300 ONGs na Amazônia e zero no Nordeste. Por que 55 milhões de nordestinos não mereceram uma ONG, e os 25 milhões que moram na Amazônia mereceram 300?”
Dito isso, é preciso esquecer a rixa com a França, defende Serra, em nome do “patrimônio [comum] extraordinário”, de uma relação bilateral de 500 anos que “é a mais completa que o Brasil pode ter com um país europeu”, porque inclui o aspecto fronteiriço (na Guiana Francesa).
*Folha de S.Paulo / edição Outro Olhar Info
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