Uma equipe da Universidade da
Califórnia (UCLA) realizou o teste mais abrangente da Teoria Geral da
Relatividade de Albert Einstein e mostrou que as ideias do cientista ainda se
sustentam, mais de 100 anos depois que ele publicou a icônica teoria.
A Teoria Geral da Relatividade de
Einstein de 1915 sustenta que o que percebemos como a força da gravidade surge
da curvatura do espaço e do tempo. O cientista propôs que objetos como o Sol e
a Terra mudam essa geometria. Segundo Andrea Ghez, professora de física e
astronomia da UCLA, a teoria de Einstein é a melhor descrição de como a
gravidade funciona.
A equipe de Ghez observou uma
estrela conhecida como S0-2 fazendo uma órbita completa, em três dimensões, em
torno de um buraco negro supermassivo Sagittarius A, no centro da Via Láctea. A
órbita completa leva 16 anos e a massa do buraco negro é cerca de quatro
milhões de vezes a massa do Sol. Esse é o estudo mais detalhado já realizado
sobre esse buraco negro e a teoria geral da relatividade de Einstein.
Os buracos negros têm uma densidade
tão alta que nada consegue escapar de sua atração gravitacional, nem mesmo a
luz. Eles não podem ser vistos diretamente, mas sua influência nas estrelas
próximas é visível e fornece uma “assinatura”. Uma vez que algo cruza o
“horizonte de eventos” de um buraco negro, ele não será capaz de escapar.
Entretanto, a estrela S0-2 ainda
está muito longe do horizonte de eventos, mesmo em sua aproximação mais
próxima, e portanto seus fótons – as partículas de luz – não são puxados para
dentro.
Os pesquisadores estudaram os
fótons enquanto viajavam da estrela S0-2 para a Terra a 26 mil anos-luz. A S0-2
se move em torno do buraco negro em velocidades de mais de 16 milhões de
quilômetros por hora em sua aproximação mais próxima. E a maneira como esses
fótons se comportam, escapando da atração gravitacional do buraco negro,
correspondem às previsões de Einstein.
“Estamos aprendendo como funciona a
gravidade. É uma das quatro forças fundamentais e a que testamos menos”, disse
Ghez em comunicado da universidade.
Agora, sua equipe continuará
testando a Teoria Geral da Relatividade em outras estrelas próximas ao buraco
negro supermassivo.
A pesquisa foi publicada na revista
científica Science.
(Fonte: Planeta
/ *Edição OutroOlharInfo)
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