O ministro da Justiça Sérgio Moro
disse que os repasses de recursos utilizados em campanhas do PSL serão
investigados. O Estado mostrou nesta
quinta, 14, que sete candidatos do partido a deputado estadual e federal em
Pernambuco repassaram R$ 1,2 milhão em recursos de campanha para a gráfica de
um dirigente do próprio PSL.
"Fatos serão apurados e
eventuais responsabilidades serão definidas", disse Moro. "O
presidente proferiu determinação e ela está sendo cumprida."
Apesar do valor declarado com
impressão de materiais gráficos, o triplo do que foi gasto pelo presidente Jair
Bolsonaro com o serviço, só um dos políticos foi eleito: o próprio presidente
nacional do PSL, o deputado federal Luciano Bivar. À época dos repasses, quem
estava à frente do PSL era Gustavo Bebianno, atual ministro da Secretaria-Geral
da Presidência da República do governo Jair Bolsonaro.
Bebianno vem protagonizando uma
crise no governo em função das suspeitas de desvios de recursos do Fundo Partidário
destinados ao PSL por meio de candidaturas laranjas em 2018. Na quarta, ele
disse que não pretende pedir demissão.
Embora não seja vedada pela Lei
Eleitoral, a contratação de empresas de dirigentes políticos com recursos do
fundo partidário já foi criticada pela ministra Rosa Weber, atual presidente do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE). "À luz do princípio da moralidade, não
há como admitir que sejam contratadas para prestar serviços ao partido empresas
pertencentes a dirigentes dele", declarou ela no voto em desaprovou
parcialmente as contas de 2012 do DEM no ano passado.
(Fonte: Estadão / * Edição Outro
Olhar Amargosa)
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