Ao menos duas pessoas morreram e 14 ficaram feridas; fronteira foi aberta temporariamente para passagem de duas ambulâncias com destino à Boa Vista
Militares leais ao governo de Nicolás Maduro atiraram contra um grupo de civis que tentava impedir o fechamento de parte da fronteira da Venezuela com o Brasil para a entrega de ajuda humanitária, deixando ao menos duas pessoas mortas e várias feridas, de acordo com deputados da oposição e ativistas.
O conflito aconteceu no vilarejo indígena de Kumarakapai, na região de Gran Sabana, na fronteira com o Estado de Roraima, por volta das 6h manhã do horário local (7h em Brasília) desta sexta-feira, 22. A cidade fica a cerca de 70 km de Santa Elena de Uairén, na divisa com o Brasil.
Os mortos são Zorayda Rodriguez, de 42 anos, e Rolando García, segundo o deputado da Assembleia Nacional Américo De Grazia. Outras 14 pessoas ficaram feridas pelos disparos, algumas em estado grave.
De acordo com De Grazia, Rolando García foi transferido para o hospital de Pacaraima, mas não sobreviveu.
Os venezuelanos com ferimentos nos membros inferiores foram transferidos para o Hospital Rosario Vera Zurita, na cidade de Santa Elena de Uairén. Já os com ferimentos em membros superiores foram enviados para o Hospital Geral de Roraima, em Boa Vista.
Segundo o deputado venezuelano Angel Medina Devis, os hospitais no país não possuem medicamentos e equipamentos adequados para tratá-los.
O bloqueio na fronteira em Pacaraima foi temporariamente suspenso para a passagem de duas ambulâncias que transportavam os feridos.
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde de Roraima, os feridos transportados ao Brasil saíram da Venezuela por volta das 11h do horário de Brasília e devem chegar a Boa Vista em breve.
Fonte: Veja / edição Outro Olhar Amargosa
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