O general James Mattis comunicou ao
presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que vai deixar o cargo de
secretário de Defesa em fevereiro. A renúncia veio um dia depois de Trump
anunciar a retirada das tropas americanas da Síria, decretando a vitória contra
o Estado Islâmico – mesmo com o próprio Pentágono afirmando que o grupo
terrorista ainda é uma ameaça. O general era contra a saída americana do
conflito.
Em sua carta de renúncia, Mattis se
diz “privilegiado” pela oportunidade de servir ao país e frisa que o presidente
“tem o direito de escolher um secretário de Defesa que tenha uma visão mais
alinhada à sua”. Em diversos trechos da mensagem, o general destaca sua crença
na importância de manter uma relação “respeitosa” com parceiros e aliados dos
EUA.
“Embora os Estados Unidos continuem
como a nação indispensável do mundo livre, nós não podemos proteger nossos
interesses ou desempenhar esse papel de forma eficiente sem manter alianças fortes
e mostrar respeito a esses aliados.”
A retirada americana da Síria foi
vista pelos combatentes curdos, aliados dos EUA na luta contra o Estado
Islâmico, como uma traição.
Mattis marcou sua saída do cargo
para 28 de fevereiro, segundo ele “tempo suficiente para um sucessor ser
nomeado e confirmado”.
Trump
No Twitter, Trump comunicou a
“aposentadoria” do general, sem mencionar que Mattis renunciou ao cargo por
diferenças com o seu governo. “Mattis vai se aposentar, com distinção, no fim
de fevereiro, depois de servir como secretário de Defesa por dois anos”,
escreveu.
“Durante o mandato de Jim, foram
obtidos avanços tremendos, especialmente com relação à compra de novos
equipamentos de combate. O general Mattis foi de grande ajuda para conseguir
aliados e para que os outros países paguem sua parte nas obrigações militares.
Um novo secretário da Defesa será nomeado logo. Agradeço muito a Jim por seu
serviço!”, acrescentou.
(Fonte: Veja)
0 comments: