"El Mundo" publica
bastidores que levaram astro para a Juventus, apontando que pesaram oferta
insatisfatória para renovação e até fato de clube considerar Di Stéfano o maior
de sua história
A
saída de Cristiano Ronaldo para a Juventus logo após a conquista da Liga dos
Campeões pegou muitos torcedores de surpresa, mas já havia sido planejada pelo
astro meses antes. É o que aponta o jornal "El Mundo", que trouxe uma
reportagem com os bastidores do processo que levou CR7 a deixar o Real Madrid e
aponta que o jogador tomou sua decisão por não se sentir respeitado pelo clube.
A
publicação detalha a irritação de Cristiano Ronaldo com seus assessores quando
a Fazenda espanhola o acusou de fraude, uma vez que confiava plenamente nos
profissionais. E diz que estes problemas com a Receita acabaram sendo decisivos
para que o luso se despedisse do Santiago Bernabéu - uma vez que o presidente
do clube, Florentino Pérez, teria negado interceder por seu caso junto às
entidades envolvidas.
Este
teria sido o primeiro episódio que levou Cristiano a pensar em deixar o clube,
e a partir dali o processo se aprofundou. O português teria tomado uma decisão
definitiva quando recebeu uma proposta de renovação contratual ao fim da
temporada 2016/17 que considerou insatisfatória, uma vez que só alcançaria o
valor desejado de € 30 milhões anuais através de variáveis.
O
jornal diz que CR7 vinha pedindo um novo contrato - que fora renovado meses
antes - para equiparar seu salário aos de Messi e Neymar no Barcelona. E que o
clube demorou a dar uma resposta, dizendo que faria uma proposta caso o Real
conquistasse o bicampeonato europeu em Cardiff.
-
É uma falta de respeito que eu, o Bola de Ouro, ganhe menos que Messi e Neymar.
Não é dinheiro, é status, respeito - dizia Cristiano, segundo o jornal.
O
craque não assinou um novo contrato e chegou a dizer em entrevistas que
"não queria renovar". A publicação aponta que o jogador passou a
reclamar nos bastidores, no começo daquela que seria sua última temporada no
Santiago Bernabéu: ele apontava que se arrependia de não ter saído na janela de
transferências que acabara de fechar.
Teria
pesado para a decisão de Cristiano Ronaldo até mesmo o fato de o Real Madrid
considerar Di Stéfano o maior jogador de sua história - e não o português, que
vinha quebrando recordes e conquistando títulos, como o bi europeu, que viria a
ser tri no fim da temporada.
O
"El Mundo" diz que o empresário Jorge Mendes, então, passou a buscar
soluções para a saída de CR7, tendo recebido uma indicação de Florentino Pérez
que o liberaria por € 100 milhões. O Real recebeu um contato do Manchester
United, que não queria pagar uma grande cifra, e o PSG também teria se
interessado em contratar o luso, em negociações que fracassaram.
A
Juventus, então, surgiu como grande favorita, e as conversas esquentaram
justamente quando Cristiano Ronaldo visitou Turim com o Real Madrid nas quartas
de final da Liga dos Campeões. Quando marcou um golaço de bicicleta e foi
aplaudido de pé pelos torcedores da Velha Senhora, o fator emocional passou a
pesar para que o luso fosse para a Juve, além do peso do elenco, que já havia
chegado em duas finais continentais. Então, meses depois, houve o desfecho que
faz o craque hoje vestir preto e branco na Itália.
(Fonte:
Globo Esporte)
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