Filho
do candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, o deputado
estadual pelo Rio de Janeiro Flávio Bolsonaro (PSL) declarou nesta sexta-feira,
7, por meio de um vídeo divulgado em seu perfil no Facebook, que o
presidenciável “provavelmente não consegue mais ir para as ruas nessa
campanha”.
Bolsonaro
foi esfaqueado durante um ato de sua campanha em Juiz de Fora (MG), na tarde
desta quinta-feira, 6, e atendido na Santa Casa da cidade. Ele foi transferido
ao Hospital Albert Einstein, em São Paulo, na manhã de hoje.
“Ele
está em uma situação delicada, com dificuldade de falar ainda, mas eu vou para
lá [São Paulo] para confortar e também, se ele tiver condições, saber como é
que vamos conduzir a partir de agora essa campanha. Ele está lá se recuperando,
provavelmente não consegue mais ir para as ruas nessa campanha. Ele não pode ir
às ruas, mas nós podemos”, disse Flávio, que é candidato ao Senado pelo Rio de
Janeiro.
Na
manhã de hoje, em São Paulo, o presidente do PSL paulista, Major Olímpio,
afirmou que a cúpula do partido não está discutindo neste momento quando a
campanha será retomada. “Não estamos discutindo nada sobre campanha, porque o
quadro requer cuidados por aproximadamente 48 horas”, afirmou ele. “Tão logo
ele esteja recuperado, retomaremos a campanha em todo o território nacional”,
completou.
O
PRTB, partido do candidato a vice-presidente de Bolsonaro, General Hamilton
Mourão, divulgou nota informando que as legendas vão intensificar as
negociações sobre a sequência da campanha presidencial. “A tendência é que
Mourão assuma os compromissos de Bolsonaro”, afirma em nota.
Em
coletiva de imprensa nesta sexta, o cirurgião Luiz Henrique Borsato apontou que
a facada desferida por Adelio Bispo de Oliveira em Bolsonaro causou uma
“volumosa hemorragia interna”, deixou três perfurações no intestino delgado do
presidenciável, que foram suturadas, e uma “lesão grave” no cólon transverso,
uma porção do intestino grosso. Neste caso, não houve pontos, mas um
procedimento conhecido como colostomia, que consiste na exteriorização de parte
do intestino em uma bolsa, onde são excretados fezes e gases.
Segundo
o cirurgião, Jair Bolsonaro deve ficar cerca de dois meses com a bolsa da
colostomia e, então, será operado novamente para reverter o procedimento. Como
o prazo terminaria depois das eleições, o médico foi questionado sobre se a
colostomia impediria o candidato de fazer campanha. Ele respondeu que há
pacientes que convivem com a bolsa permanentemente – o que não é o caso do
presidenciável – com “qualidade de vida”.
(Fonte: Veja)
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