Mesmo
sem treinarem juntos na temporada, medalhistas olímpicos sobram na final do C2
500m
Para a participação ser
perfeita, faltava fechar a trinca. Faltava a parceria com Erlon de Souza. Desta
vez não foi em uma prova olímpica e nem treino teve. Mas a dupla mostrou que a
sintonia é tão boa que mesmo no improviso foi possível extrair sucesso. Com o
tempo de 1m40s043 no C2 500m, Isaquias Queiroz selou a conquista de sua
terceira medalha no Mundial de Montemor-o-Velho, um ouro conquistado com
soberania. Esta foi a primeira de Erlon, que não compete no individual, no
evento.
- Trouxemos mais uma
medalha para o Brasil. Independentemente de qual seja a prova, o importante é
vir aqui e dar o máximo e sair com a sensação de trabalho bem feito. Agora é
voltar para o Brasil. Os caras já viram nosso potencial do C2. Agora ano que vem
vão ter que correr atrás para pegar a gente no C2 1000m - disse Isaquias.
Mais de um segundo e
meio depois dos brasileiros, os russos Viktor Melantev e Vladislav Chebotar
cruzaram em segundo lugar, com 1m41s590. Arsen Sliwinski e Michal Lubniewski,
da Polônia, completaram o pódio com 1m41s787.
Isaquias e Erlon foram
vice-campeões olímpicos no C2 1000m, mas para esta edição do Mundial o técnico
Jesus Morlán optou por dar descanso ao primeiro nesta distância. Erlon teve a
missão de guiar o barco com o jovem Maicon dos Santos, mas a dupla perdeu a
vaga na final A por uma posição.
Passadas as duas
conquistas individuais de Isaquias na raia portuguesa, um ouro no C1 500m e um
bronze no C1 1000m, a dupla medalhista na Rio 2016 voltou a se unir. Não havia
qualquer cobrança por resultado, uma vez que os dois não treinaram juntos ao
longo da temporada e se inscreveram mais pela expectativa por uma eventual
surpresa. Mesmo assim, sobraram na bateria classificatória, passando em
primeiro e livrando-se da semifinal (1m44s718).
A superioridade sobre
estes adversários nem de longe os deixou satisfeitos. Saíram na água falando
sem parar sobre correções e adaptações que precisariam ser feitas para a
disputa por medalhas. Queriam assistir ao vídeo da prova o quanto antes para
fazer o ajuste fino e subir ao pódio. Conseguiram e nos deixaram otimistas.
Imagine o que eles podem fazer juntos quando estiverem devidamente treinados.
(Fonte: Globo Esporte)
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