SÃO PAULO -
A paralisação dos caminhoneiros entra neste domingo, 27, no sétimo dia. A
categoria obstruiu rodovias no País, causando o desabastecimento de produtos e
de combustível nas cidades. Polícias estaduais, PF e tropas do Exército
negociam a saída dos manifestantes das estradas e fazem escoltas para liberar a
saída de caminhões-tanque de refinarias.
Os
ministros Raul Jungmann (Segurança Pública) e Sérgio Etchegoyen (Gabinete de
Segurança Institucional) anunciaram, na noite de sábado, 26, que a situação
"está se encaminhando para a normalidade".
Foi
confirmada a participação de patrões, empresários do transporte e distribuição,
na greve. Já foram abertos 37 inquéritos, em 25 Estados, para investigar a
prática de locaute. "E eles irão pagar por isso", garantiu Jungmann.
Em
São Paulo, o governador Márcio França anunciou um acordo para que os motoristas
deixem de pagar pedágio por eixos suspensos em rodovias estaduais. A condição é
que eles deixem as estradas e voltem ao trabalho. Os manifestantes começaram a
deixar a Rodovia Régis Bittencourt e o Rodoanel Sul, embora muitos afirmem que
não irão voltar ao trabalho e alguns permaneçam nos acostamentos.
No
último balanço da Polícia Rodoviária Federal (PRF) divulgado na noite de
sábado, 26, mostrava que ainda havia 586 bloqueios em rodovias brasileiras e
577 pontos tinham sido desbloqueados. A greve dos caminhoneiros chega ao sétimo
dia neste domingo, 27.
No
início da manhã de sábado, eram 387 pontos bloqueados e 132 liberados. Mas no
decorrer do dia, a PRF apresentou novos índices. No início da tarde, a PRF
informou que o número de pontos de manifestações identificados em rodovias
federais tinha aumentado de 938, registrados na sexta, 24, para 1.140.
Desse
total de 1.140 identificados, 544 pontos foram liberados ainda no sábado.
Entretanto, o número de pontos que continuavam bloqueados, ainda que
parcialmente, de sexta para sábado aumentou, de 519 para 596 - ou 52% do total
de trechos com alguma manifestação. Segundo a PRF, esse número tem alta toda
vez que há uma dispersão, pois grupos tendem a se espalhar e acabam
interferindo em outros pontos.
(Fonte:
Estadão)
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