Contenção
de hemorragias, curativos, assepsias e administração de sedativos faziam parte
da rotina dos médicos nas frentes de combate. Em um batalhão de 500 soldados
americanos, pelo menos 30 eram médicos de combate ou assistentes – em geral, a
“formação” em medicina deles eram as 16 semanas de treinamento em socorro
pré-hospitalar. À medida que os batalhões avançavam em território inimigo, eles
tinham que se virar sem reposição de pessoal e de suprimentos.
A
função principal dos médicos era estabilizar e preparar os feridos para serem
levados aos hospitais de campo e centros médicos na retaguarda. O trabalho mais
trágico era a seleção dos feridos: em certas ocasiões, eles tinham que deixar
de lado alguém muito ferido e dar prioridade a outros que tivessem mais chances
de sobreviver.
A
única boa notícia é que matar um médico de combate em ação era (e ainda é)
considerado um crime de guerra. Se identificados, médicos, auxiliares,
enfermeiras, carregadores de padiola ou quaisquer envolvidos em atividade
médica são considerados não combatentes.
1) Kit de primeiros socorros
Todos
os soldados carregavam um pouquinho de ataduras, tabletes purificadores de
água, aspirinas, curativos, “sulfa” e outros remédios. Alguns kits ainda tinham
itens de prevenção para DSTs, como pomadas antimicróbicas, camisinhas, folhetos
instrutivos e tecidos para higienização.
2) Etiquetas
Identificavam
quem deveria ser priorizado, além de conter informações sobre o tratamento e o
estado dos combatentes feridos.
3) Improviso
Nem
todos os médicos sabiam executar cirurgias, e eles tinham que improvisar na
hora.
4) Bandana da Cruz Vermelha
Oficialmente,
os envolvidos em cuidados médicos deveriam usar a identificação. Porém, em
pelotões veteranos e grupos menores, em que os médicos eram conhecidos, ninguém
usava o símbolo para não virar alvo dos inimigos.
5) Kits de selva
Usados
no front do Pacífico, incluíam tratamento para picadas de cobra, repelentes,
tabletes contra malária e pomadas fungicidas.
6) Kit cirúrgico
Apesar
dos cuidados com esterilização, os equipamentos eram usados em situações de
emergência. Nessas horas, a velocidade de intervenção era mais importante que a
assepsia do ambiente.
O EQUIPAMENTO
A
“cesta básica” que os doutores levavam a campo.
A) SULFANILAMIDA
A
“sulfa” era um bactericida usado em larga escala num cenário em que infecções
matavam tanto quanto tiros. Era uma inovação na época e podia ser administrada
via oral, em forma de tabletes ou em pó, aplicado no ferimento.
B) MORFINA
Usada
para conter dores e até sedar soldados moribundos. Além das ampolas, era usada
a versão Syrette: aplicador automático subcutâneo que já vinha com agulha. A
dose era rapidamente injetada por qualquer um.
C) ESTERILIZADOR
Essa
bacia em aço inox era usada no intervalo entre batalhas para esterilizar
instrumentos e até dissolver ou preparar medicamentos.
D) GASES, TESOURAS E BANDAGENS
São
os equipamentos básicos. Esses insumos eram escassos e carregados pelos
médicos, auxiliares ou qualquer soldado que tivesse espaço na bagagem. Alguns
curativos tinham até estampas camufladas.
E) ALFINETE DE SEGURANÇA
O
coringa dos primeiros-socorros: na falta de esparadrapos, fixava curativos,
torniquetes e até servia como ponto em ferimentos que necessitavam de costura.
(Fonte: Mundo
Estranho)
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