Há
no mundo 43 territórios com monarcas, o que inclui reis, príncipes, sultões e
um imperador. Entretanto, nem todos eles têm plenos poderes sobre a nação, como
acontecia na França de Luís 14, que teria dito a célebre frase “O Estado sou
eu”. Isso se deve ao fato de, hoje, haver diversos tipos de monarquia – ou
melhor, do fato de ela ser diferente em cada um dos territórios, com suas
próprias particularidades. Há, porém, cinco formas de categorizar, de maneira
generalista, esses governos.
Dados
atualizados até abril de 2018
Monarquia absolutista hereditária
ATUALMENTE
COM ESSA MODALIDADE: Arábia Saudita, Brunei, Emirados Árabes Unidos, Omã,
Qatar, Suazilândia
Nesta
modalidade, o monarca detém poderes supremos e herda o cargo. Brunei, no
sudeste asiático, é um sultanato do gênero. O sultão Hassanal Bolkiah está no
governo há quase 50 anos, mas sua família comanda o território desde o século
14. Seus poderes são plenos: ele exerce papéis de primeiro-ministro, ministro
da Defesa, ministro da Fazenda etc. A maioria das monarquias absolutistas está
no Oriente Médio.
Monarquia constitucional
hereditária
ATUALMENTE
COM ESSA MODALIDADE: Antígua e Barbuda, Austrália, Bahamas, Bahrein, Barbados,
Bélgica, Belize, Butão, Canadá, Dinamarca, Espanha, Ilhas Salomão, Jamaica,
Japão, Jordânia, Kuwait, Lesoto, Liechtenstein, Luxemburgo, Marrocos, Mônaco,
Noruega, Nova Zelândia, Países Baixos, Papua Nova Guiné, Reino Unido, Santa
Lúcia, São Cristóvão e Nevis, São Vicente e Granadinas, Suécia, Tailândia,
Tonga, Tuvalu.
A
figura real está sujeita a uma constituição – mesmo que não escrita. Seus
poderes são mais ou menos limitados pela lei. Elizabeth II é um exemplo: como rainha
do Reino Unido, da Austrália e de outras nações, seu papel não é governar, pois
esse trabalho cabe aos primeiros-ministros dos países. Mesmo as tarefas
políticas da rainha, como a nomeação de um primeiro-ministro, devem seguir
ordens dos ministros britânicos.
Monarquia constitucional eletiva
ATUALMENTE
COM ESSA MODALIDADE: Camboja, Malásia
O
monarca é escolhido pelos votos de alguns poucos poderosos, com mandato que
pode ter um tempo determinado ou ser vitalício. Na Malásia, no sudeste
asiático, por exemplo, o chefe de Estado é Yang di-Pertuan Agong, uma espécie
de rei eleito por nove governantes dos Estados malaios. Seu mandato é de cinco
anos. Mas quem manda mesmo é o primeiro-ministro e as duas casas legislativas.
Diarquia
ATUALMENTE
COM ESSA MODALIDADE: Andorra
Em
Andorra, na Europa, que fica na fronteira entre Espanha e França, dois chefes
de Estado comandam o reinado como copríncipes. São eles: o bispo de Urgell, na
Catalunha (hoje, Joan Enric Vives i Sicília, escolhido pelo papa em 2003) e o
presidente da França (Emmanuel Macron, eleito em maio deste ano). Mas são
títulos que não garantem muito: o poder é exercido pelo chefe do governo –
atualmente, Antoni Martí – e pelo Parlamento, ambos eleitos pelo povo.
Monarquia absolutista eletiva
não-hereditária
ATUALMENTE
COM ESSA MODALIDADE: Vaticano
O
nome é estranho, mas serve para explicar a situação da Cidade do Vaticano. O
Papa Francisco, quando eleito para comandar a Igreja Católica, tornou-se líder
da Santa Sé, a sede da religião. Contudo, o Estado da Cidade do Vaticano, uma
entidade administrativa cujo sistema de governo é a monarquia absolutista, é
subalterna da Santa Sé. Assim, Francisco é papa e rei eleito pelo Colégio de
Cardeais, com plenos poderes.
(Fonte: Mundo
Estranho)
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