O
presidente da França, Emmanuel Macron, descreveu o líder da Rússia, Vladimir
Putin, como um “homem muito forte”, diante de quem “nunca deveríamos mostrar
fraqueza”, num contexto em que a tensão entre os governos ocidentais e Moscou
alcançam um nível inédito.
“Acho
que nunca deveríamos mostrar fraqueza diante do presidente Putin. Quando alguém
é fraco, ele aproveita isso”, disse Macron em uma entrevista concedida à
emissora americana Fox News e exibida
neste domingo, na véspera de sua visita a Washington, nos Estados Unidos.
“Ele
(Putin) é forte e inteligente, não é ingênuo”, acrescentou o francês, afirmando
que seu homólogo russo está “obcecado com as interferências em nossas
democracias”.
“Ele
quer uma Rússia grande. Seu povo está orgulhoso de sua política. É extremamente
duro com as minorias e com seus adversários, com uma ideia de democracia que
não é a minha”, apontou, afirmando contudo que mantém “uma comunicação
permanente com ele”. “Respeito ele, conheço ele, estou lúcido”, concluiu
Macron.
Tensões
O
confronto entre os governos ocidentais e Moscou alcança níveis inéditos desde o
fim da Guerra Fria. No mês passado, houve o envenenamento do ex-agente duplo
russo Serguei Skripal em uma cidade do Reino Unido.
Além
disso, na última semana, os Estados Unidos, junto com a França e o Reino Unido,
bombardearam a Síria, aliada da Rússia, em resposta a um suposto ataque químico
em uma região rebelde.
Macron
também falou, na entrevista, sobre o acordo nuclear com o Irã – do qual o
presidente americano ameaça se retirar.
“Não
tenho plano B para o acordo nuclear contra o Irã”, admitiu. “Quero lutar contra
os mísseis balísticos, quero conter sua influência regional”, afirmou. Ele
adiantou o que dirá a Trump: “Não abandone o acordo até que você tenha uma
opção nuclear melhor, vamos completá-lo”.
Daqui
a três semanas, Trump deve tomar uma decisão sobre este acordo, com o qual
tinha prometido “romper” durante sua campanha eleitoral, e que foi fruto de
anos e anos de negociações internacionais, com o objetivo de impedir que o Irã
desenvolvesse uma arma atômica.
(Fonte:
Veja)
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