10
meses após se tornar proprietário do Milan, o chinês Yonghong Li, declarou
estado de falência, de acordo com informações do jornal italiano Corriere della Sera.
O
jornal ainda descreve que Li terá todos seus bens leiloados online através de
um site especializado.
Li
pagou €740 milhões (R$ 2.9 bilhões) em abril de 2017 para comprar 99.9% do
Milan, que à época tinha como proprietário majoritário o ex-primeiro ministro
italiano Silvio Berlusconi.
Para
realizar a compra, Li utilizou apenas €100 milhões (R$ 401,2 milhões) de sua
própria conta. Todo o restante usado foi decorrente de outros meios: €300
milhões (R$ 1.2 bilhão) de um empréstimo de um fundo de capital de risco e €340
milhões (R$ 1.3 bilhão) de fundos em paraísos fiscais.
A
justiça determinou que não será possível o pagamento do empréstimo. Como
consequência, a Zhuhai Zhongfu, empresa de embalagens avaliada em €60 milhões
(R$ 240 milhões) e que tem uma das empresas de Li, a Shenzhen Jie Ande, como
menor proprietária em 11.3%, já foi colocada à venda em leilão após decisão em
tribunal.
O
pedido para que a empresa fosse colocada à venda foi emitido há exatamente um
ano, anterior a compra do Milan por parte de Li, mas foi adiada após recorrer a
processo.
O
jornal alega que Li já estava falido quando assumiu o controle do clube em
abril de 2017.
A
Comissão Reguladora de Valores Imobiliários da China também anunciou que foi
aberto uma investigação a Shenzhen Jie Ande após a empresa não conseguir
encobrir a falência de Li após diversos meses.
Relatórios
da situação financeira de Li circularam na mídia após a compra do Milan ser
realizada, com o The New York Times e
o jornal financeiro Il Sole 24 Ore
investigando o proprietário chinês e concluir a falta de fundos suficientes.
O
Milan é apenas o 7º colocado do Campeonato Italiano com 12 vitórias em 25
rodadas. No último domingo, os rossoneri venceram a Sampdoria na última rodada
por 2 a 0, e agora se preparam para encarar o Ludogorets na Europa League nesta
quinta-feira.
(Fonte:
ESPN)
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