Roma
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O fracasso em controlar o aumento da temperatura global poderia levar ao
colapso da cadeia alimentar marinha, devastando os meios de subsistência de
dezenas de milhões de pessoas que dependem da pesca para alimentos e renda,
alertaram cientistas.
Oceanos mais quentes
restringem fluxos de energia vitais entre as diferentes espécies do ecossistema
marinho, reduzindo a quantidade de comida disponível para os grandes animais,
na maioria peixes, no topo da cadeia alimentar, de acordo com um estudo publicado
no periódico PLOS Biology.
Isso pode ter
“implicações sérias” para a quantidade de peixes, disse Ivan Nagelkerken,
professor de ecologia marinha da Universidade de Adelaide, na Austrália, um dos
autores do estudo.
No mundo, cerca de 56,5
milhões de pessoas praticaram a pesca e a aquicultura em 2015, de acordo com
dados da FAO, a agência das Nações Unidas para alimentação.
Segundo a agência,
quase um quinto da proteína animal consumida por 3,2 bilhões de pessoas em 2015
veio do peixe.
Os cientistas de
Adelaide montaram doze grandes tanques, cada um com 1.800 litros de água, num
ambiente controlado para reproduzir as cadeias alimentares marinhas. Eles
testaram os efeitos da acidificação e do aumento da temperatura durante seis
meses.
A produtividade das
plantas aumentou sob temperaturas mais quentes, mas isso se deu principalmente
por causa da expansão de bactérias que os peixes não comem, disse Nagelderken.
Os resultados do estudo
mostraram que o acordo climático de Paris de 2015 deve ser cumprido “para
proteger os nossos oceanos do colapso, perda da biodiversidade e menos produção
de peixes”.
(Fonte: Exame.com)
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