O juiz Antonio Augusto
Galvão de França, da 3ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, negou nesta
sexta-feira o pedido da Central Única
dos Trabalhadores (CUT) para realizar na Avenida Paulista um ato a favor do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no próximo dia 24. A central sindical
ajuizou um mandado de segurança para garantir espaço na Paulista no dia em que
o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), em Porto Alegre, vai julgar um
recurso do petista contra sua condenação na Operação Lava Jato.
A avenida, no entanto,
também foi requisitada pelo Movimento
Brasil Livre (MBL) e pelo grupo Revoltados
Online para uma manifestação contrária a Lula.
A ação da CUT à Justiça
se deu em razão da falta de acordo entre os movimentos para o uso do espaço,
após uma reunião realizada com a Polícia Militar, na quarta-feira. “No caso em
pauta, a entidade impetrante comunicou aos órgãos competentes o intuito de
realizar evento às 14 horas, na Avenida Paulista, 1.578, na altura do Masp, com
‘carro de som de grande porte, falas políticas e ação cultural'”, anotou o juiz
Antonio França.
“Todavia, há notícia de
que uma outra entidade indicou intuito em promover manifestação de ideal
antagônico no mesmo dia e local”, escreveu o magistrado.
De acordo com o juiz,
“não resta claro qual entidade protocolou primeiro o documento”. “Contudo,
analisando a ata da reunião realizada junto à Polícia Militar, tudo indica que
a preferência é da outra manifestação (anti-Lula)”, afirma o magistrado.
Lula foi condenado a 9
anos e 6 meses de prisão pelo juiz federal Sergio Moro, da 13ª Vara Federal
Criminal, de Curitiba, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O juiz federal entendeu que o petista recebeu 2,2 milhões de reais em propina
da empreiteira OAS por meio de um tríplex no Guarujá (SP).
(Fonte: Veja)
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