O primeiro-ministro do
Iraque, Haider al Abadi, declarou neste sábado (09) que o país está livre do
grupo Estado Islâmico (EI), depois de três anos de domínio dos jihadistas em
territórios estratégicos no país.
"As nossas forças
conseguiram o controle total das fronteiras com a Síria", garantiu Abdadi
em um pronunciamento em Bagdá. "A vitória foi conquistada graças à unidade
de todos os iraquianos na luta contra um inimigo que não pensava que veríamos
neste dia", acrescentou.
A fronteira com a Síria
era o último reduto que o EI mantinha em território iraquiano. Os jihadistas
ainda controlavam as províncias de Ninawa e Al Anbar.
"Foi consumada a
libertação de todos os territórios do Iraque dos grupos do Daesh [acrônimo do
EI em árabe] e nossas forças estão com o controle das fronteiras entre o Iraque
e a Síria desde a passagem fronteiriça de Al Walid até a de Rabia",
detalhou o subcomandante das forças iraquianas conjuntas, Abdelamir Yarala, em
comunicado.
Longa
batalha
Em 2014, o EI lançou
uma ampla ofensiva na Síria e no Iraque, e ocupou uma grande parte do
território iraquiano. Em 10 de julho deste ano, as forças de segurança do país
conseguiram retomar o controle de Mossul, a segunda maior cidade do Iraque e o
principal núcleo urbano que os jihadistas chegaram a dominar.
A batalha para
recuperar Mossul deixou grande parte da cidade em ruínas e milhares de civis
mortos. Quase 1 milhão de residentes fugiram da cidade desde a chegada das
forças iraquianas, em outubro de 2016.
Os Estados Unidos
lideram a coalizão internacional que apoiou a campanha contra o EI em Mossul,
conduzindo bombardeios contra os militantes e auxiliando soldados em solo.
Sem Mossul – que era de
longe a maior cidade controlada pelos jihadistas – o domínio do EI no Iraque
foi reduzido a áreas predominantemente rurais ou desertas a oeste e sul da
cidade.
A ONU estimou que são
necessários mais de 1 bilhão de dólares para reparar a infraestrutura básica de
Mossul, no norte do Iraque. Em algumas das áreas mais afetadas, quase nenhum
prédio ficou livre de danos.
(Fonte: DW)
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